Suspeito indiciado usou documentos falsos para vender fazenda em Almas. Vítimas chegaram a fazer transferências e só conseguiram recuperar cerca de R$ 862 mil.
Viatura da Polícia Civil do Tocantins — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Tocantins
A investigação de um golpe na venda de uma fazenda que levou uma família a ter prejuízo de mais de R$ 2 milhões foi concluída. Na quinta-feira (5), um homem de 47 anos, responsável por enganar as vítimas com documentos falsos, foi indiciado por estelionato.
Segundo a 3ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC-Araguaína), o homem convenceu a família a adquirir uma fazenda avaliada em R$ 8 milhões. A transação aconteceu no final de 2023 em Darcinópolis e o imóvel está localizado em Almas.
Como a conversa começou com corretores, as vítimas acreditavam que o negócio seria legítimo, pois existiam documentos como um contrato de compra e venda e uma procuração, possivelmente assinados pela proprietária. Porém, a polícia descobriu que os documentos haviam sido fraudados.
Antes de descobrir a fraude, a família fez pagamentos no valor de R$ 2.062.500,00. O montante foi repassado diretamente ao investigado e a terceiros indicados por ele, garantindo que iria proceder com a regularização da propriedade.
Contudo, após receber os valores, o homem indiciado começou a evitar as vítimas, o que as motivou a buscar por ajuda da Polícia Civil.
O homem foi preso por estelionato. No entanto, segundo a polícia, a prisão foi revogada pela Justiça e ele começou a responder ao processo em liberdade.
A investigação obteve acesso a extratos bancários que confirmaram os pagamentos feitos pelas vítimas e detalharam a rápida movimentação e dissipação desses fundos pelo investigado. Além disso, foram coletados depoimentos de testemunhas, incluindo os verdadeiros donos do imóvel, que confirmaram a falsidade dos documentos.
Além do crime no Tocantins, o homem já foi processado por crimes parecidos em outros estados, onde ele usou a mesma conduta com as vítimas. A polícia conseguiu devolver à família R$ 862.439,60 do montante total de R$ 2.062.500,00 que estavam depositados nas contas do homem.
Ele vai responder por estelionato e a investigação foi encaminhada ao Poder Judiciário, com conhecimento ao Ministério Público.
(Fonte: g1 Tocantins)