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Fechamento do Mateus impacta duas mil famílias; prefeitura já tinha liberado construção de nova unidade na JK

Por Maria José Cotrim

Fotos Marco Aurélio Jacob

O fechamento oficial do Supermercado Mateus nesta quinta-feira, 16, vai impactar em 400 empregos diretos e mais dois mil, dentre diretos e indiretos, na capital e arredores, com a ampliação da rede que estava prevista para os próximos meses.

Conforme a Gazeta do Cerrado apurou, a Secretaria de Urbanismo de Palmas já tinha liberado o alvará para construção da nova unidade do Mateus que seria na Avenida JK, o que geraria ainda mais empregos. O novo empreendimento seria em frente ao Colégio Ulbra na JK.
Seriam três lojas até o final deste ano no Estado já que o supermercado já estava também com ida selada para Araguaína.

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O faturamento previsto para o Mateus seria de R$ 200 milhões no Estado.

O alvará foi liberado para as obras começarem já este ano.

O Prefeito Carlos Amastha foi um dos que ficou indignado com o fechamento do supermercado. Ele conta que chegou a ligar várias vezes, há cerca de 120  dias atrás, para o governador Marcelo Miranda pedindo que ele se reunisse com o governador do Maranhão, Flávio Dino para tentar resolver o impasse.

Mobilização

Vários setores do Estado e da sociedade lamentaram o fechamento do Mateus, inclusive a Associação Comercial de Palmas (Acipa), assim como diversos Vereadores da capital que tentaram intermediar a situação para evitar o fechamento do mercado.

Entenda o caso

Uma espécie de “briga tributária” entre estados pode ter influenciado na decisão do supermercado Mateus, do Maranhão, de fechar as portas em Palmas. A empresa funcionava há 5 anos no Tocantins e emprega cerca de 400 pessoas diretamente. Em um comunicado que circulou pelas redes sociais, a empresa informou que encerrará as atividades de varejo no dia 16 de março.

O fechamento do supermercado pode estar relacionada com medidas econômicas adotadas pelo Maranhão e Tocantins. Já que em novembro do ano passado (2016) o governo maranhense publicou uma portaria fixando uma taxa de 11% para os produtos do Tocantins que são vendidos lá.

Com pouco movimento Mateus vai encerrando atividades na Capital Tocantinense

Em resposta, a Secretaria da Fazenda do Tocantins também sobretaxou em 10% os produtos maranhenses que são vendidos aqui.

“Para defender a economia do Tocantins, eu tive que aplicar a reciprocidade e também aplicar uma sobretaxa dos produtos que vêm do Maranhão para o Tocantins”, explicou o secretário da Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira.

O argumento dos dois governos é a defesa da economia local. Afinal, ao criar facilidades para empresários de outros estados, aumenta a concorrência entre empresários da região.

“A Fazenda está agindo com mais rigor, sim, mas para defender o erário público”, disse o secretário.

A rede Mateus poderia ter contornado a situação comprando produtos produzidos aqui mesmo em Tocantins, assim não precisaria pagar os tributos e aumentaria tanto a Economia local como o número de empregos diretos e indiretos.

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