A programação da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes foi divulgada nesta segunda-feira (22), em Belém. Esta edição vai homenagear o escritor, poeta e pesquisador João de Jesus Paes Loureiro e a pesquisadora e ativista do movimento negro, Zélia Amador de Deus. De acordo com a Secretária de Estado de Cultura (Secult) mais de 400 mil pessoas devem visitar a feira que acontece de 24 de agosto a 1º de setembro.
“Eu sou uma militante, uma ativista do movimento negro e falo para tentar convencer as pessoas a pensar sobre a existência do racismo que existe nessa sociedade e a tentar banir esse racismo”, se apresenta Zélia Amador.
João de Jesus Paes Loureiro aproveitou para reforçar a importância que o livro tem na vida das pessoas e para a humanidade de forma abrangente. “O livro é a felicidade encadernada. É algo que percorre a história da Cultura e a Humanidade por séculos e permanece sendo essa maneira de ver o mundo com uma visão humana, crítica, emotiva e visão transformadora através da emoção”.
Evento
O evento é a quarta maior feira literária do país e deve movimentar cerca de R$ 10 milhões de reais e gerar cerca de três mil postos de trabalho. A Feira será instalada no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em uma área de 24 mil metros quadrados e terá 200 stands.
A programação deve voltar-se para a produção literária regional com destaque para a literatura paraense com estandes para a Academia Paraense de Letras e para os Escritores Paraenses. São esperados cinco mil escritores, 30 mil participantes da programação acadêmica e cultura e 400 mil visitantes.
A novidade para a edição 2019 é que cada dia da programação deve ser específica. “Teremos vozes urbanas, vozes de descendentes de indígenas, afrodescendentes, vozes do autor paraense e é bom reforçar a importância que os escritores e escritoras paraenses têm”, destaca Úrsula Vidal, secretária de estado de Cultura.
Os livros que mudam a vida e tocam as pessoas são foco do trabalho das amigas Fernanda Oliveira e Anne Magno, que se tornaram produtoras culturais sobre literatura paraense. Para elas, além de instrumentos de transformação social e cultural, os livros também são meio de fazer amigos.
“Conheci pessoas incríveis neste mundo. Autores paraenses e internacionais. [Ler] é sair das páginas dos livros para o mundo e viver nele também através dos livros”, defende Anne Magno.
fonte: G1 Pará