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Feminicídio: Ex-companheiro acusado de assassinar professora vai à júri popular no Tocantins


Professora Elisabeth Figueiredo foi assassinada em casa – Foto – Divulgação

A 1ª Vara Criminal de Guaraí decidiu nesta terça-feira, 21, que Washington Luiz Santana de Oliveira, ex-companheiro da professora Elisabeth Figueiredo, seja julgado pelo Tribunal do Júri no dia 30 de janeiro de 2024, às 8h30. A decisão foi tomada após o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins transferir o caso da Comarca de Colméia para a Comarca de Guaraí. A professora tinha 60 anos quando foi morta em Pequizeiro, região noroeste do Tocantins, em junho de 2021.

A vítima chegou à cidade na década de 70 e era bastante conhecida pelos moradores por ser uma pessoa alegre, brincalhona e divertida. Professora aposentada, durante a sua trajetória profissional, foi diretora de um colégio estadual em Pequizeiro. Na época do crime, a prefeitura da cidade decretou três dias de luto.

Ao completar 1 ano do crime, amigos, familiares e ex-alunos da professora Elisabeth Figueiredo fizeram protesto na cidade, pedindo justiça com mensagens de combate aos casos de feminicídio. Nos cartazes tinham mensagens como “Tia Beth, as lágrimas expressam a grande saudade” e “enquanto existir lembrança a saudade é eterna”.

Crime de feminicídio

Amigos e familiares fizeram manifestação cobrando justiça – Foto- Divulgação

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No dia 7 de junho de 2021, a vítima foi encontrada com lesões na cabeça. A princípio, o companheiro, com 49 anos na época, chegou a testemunhar que a vítima teria cometido suicídio, discordando dos depoimentos dos vizinhos que ouviram disparos de arma de fogo na residência, logo após uma discussão entre o casal. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Roberto Assis, o homem fugiu logo após cometer o crime. Ele foi capturado e levado para 45º DP de Colméia onde foi autuado em flagrante por feminicídio.

“A senhora era muito conhecida e querida aqui em Pequizeiro. A brevidade na elucidação do caso realizada em apoio da 45ª DP de Colméia, foi uma importante resposta à família e à população do município que se abalou com o ocorrido. O homem poderá responder pelo crime de feminicídio, cuja pena máxima é até 30 anos de prisão”, declarou o delegado Roberto Assis.

Após os procedimentos legais, o homem foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Guaraí.

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Por Pedro Thiago Macêdo

 

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