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Trote da UFT é novamente centro de polêmica; professora questiona

Texto: Brener Nunes

Em publicação no Facebook, postada na tarde desta segunda-feira, 18, a professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Marluce Zacariotti, repudia trote do curso de Medicina, em que as calouras usavam placas com termos depreciativos, como “bixete” e “piranha”. “Até quando as garotas vão aceitar esse tipo de violência simbólica?”, indaga a professora.

Na publicação, indignada, Marluce diz que ao interpelar os estudantes foi surpreendida

(Foto: Marluce Zacariotti)

com a resposta. Todas as garotas que participavam do trote assinaram um termo de consentimento. “E eles acham que não tem nada de errado! Fico me perguntando se garotos tão inteligentes não conseguem pensar algo mais criativo, produtivo e que não desrespeite o ser humano, que é a essência da própria profissão que escolheram”, questiona.

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Zacariotti diz que a UFT precisa fazer algo urgente contra esse tipo de prática. E afirma que as mulheres não devem aceitar esse tipo de proposta. “O respeito que os outros têm por nós começa pelo respeito que nós impomos e exigimos”, finaliza.

Confira publicação na íntegra:

Até quando vamos ter trotes na UFT que desrespeitam as mulheres!!? Desde quando plaquinha no pescoço com termos chulos, ofensas morais e sexuais pode ser considerado “uma brincadeira’? E até quando as garotas vão aceitar esse tipo de violência simbólica? Hoje me deparei com grupo da medicina fazendo esse trote. Estou indignada! E o pior, ao serem interpelados por mim, pela profa Lúcia Helena Mendes Pereira e pelo técnico Adriano trouxeram a grande novidade da operação: as meninas assinam um termo de consentimento. E eles acham que não tem nada de errado! Fico me perguntando se garotos tão inteligentes não conseguem pensar algo mais criativo, produtivo e que não desrespeite o ser humano, que é a essência da própria profissão que escolheram. A UFT precisa fazer algo urgente contra esse tipo de prática que se repete a cada semestre. E meninas, por favor, não aceitem essas propostas. O respeito que os outros têm por nós começa pelo respeito que nós impomos e exigimos.

 

 

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