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Fogo brando, indefinições, alguns egos e tantos pontos de interrogação nas eleições de Palmas

Arte - Gazeta do Cerrado

Eleições na capital ainda em fogo brando

A data das novas eleições em todo o país já foi definida. Em meio a um cenário ainda preocupante sobre o coronavírus essa primeira definição abre caminho para o início das demais definições dos cenários políticos municipais.

Em Palmas, não só por causa da pandemia as eleições estão em fogo brando. Com tantas restrições em todo o país, os pretensos pre-candidatos tiveram e terão que se readequar e se reinventarem para alcançarem os eleitores.

As eleições de novembro vão exigir ainda mais do desempenho de quem quer disputar.

O cenário em Palmas é recheado de perguntas ainda sem respostas. Uma delas: o pleito terá uma oposição ou várias oposições?

As vaidades pontuais de alguns serão deixadas de lado em prol das candidaturas que se apresentem mais viáveis? A oposição tem desde iniciantes a veteranos da política que sabem assim como qualquer simples entendedor de política que quanto mais candidaturas mais confortável será para a prefeita Cínthia Ribeiro. Pelas declarações dadas por quase todos os pre-candidatos o clima é de otimismo. Todos se dizem prontos para receber apoios: e para apoiar?

A aglutinação (ou não) da oposição é a próxima etapa. Quem vai apoiar quem? Serão nomes ou um projeto para a cidade?

Tantos nomes…tantas perguntas…

O desejo de disputar a prefeitura da capital mais nova do país permeia o imaginário não só de políticos. Mas para chegar na cadeira não basta sonhar… o caminho é político e chega quem erra menos e convence mais os eleitores.

Marcelo Lelis tem toda a torcida do PV para “aceitar ser candidato”. Será que ele vai mesmo para o páreo?

Vanda Monteiro do PSL está com um rol de lideranças na região sul e tem trabalhado para consolidar. Discute o pleito na capital junto os também pré-candidatos Eli Borges, Júnior Geo e Osires Damaso.

Eli, está no primeiro mandato na Câmara Federal e tem o apelo do segmento evangélico. Júnior Geo começou na política como vereador, com dois anos de mandato virou deputado e agora tem sido bem citado para o pleito porém precisa construir um grupo de apoio. Vai decolar?

Damaso foi a surpresa nas pré-candidaturas e chegou nas últimas semanas no rol de pretensões após transferir o domicílio eleitoral de Paraíso para cá. Damaso, que é próximo do Palácio politicamente, tem determinação política suficiente para encarar um desafio desse mas quais serão as estratégias?

Gil Barison do Republicanos tem dito que quer ser a candidatura de centro-esquerda na disputa e não abre mão de entrar mesmo no páreo com várias bandeiras na defesa da cidade. A pergunta é: como o palmense vai avalia lo?

Raul, agora no MDB, voltou á tona, começou a formação de uma frente Pró-Palmas com o também pré candidato, Milton Neris do PDT e tem que comprovar que está apto para a disputa. Raul tem uma carta na manga para disputar? Além disso tem a garantia mesmo de apoio do MDB?

Ex-senador e com apoio da senadora Kátia Abreu lá está Ataídes Oliveira que chegou a lançar virtualmente sua pré candidatura na semana passada agora pelo PP. Palmas vai abraçar Ataídes?

O Podemos aposta em Alan Barbiero, o PSB de Carlos Amastha, quer e não abre mão do nome de Tiago Andrino.

A frente de esquerda também tem vários nomes como Professora Germana do PCdoB, Professor Bazzoli do PSOL e ainda o PT.

Cínthia: Covid e obras

A articulação política da prefeita Cínthia Ribeiro é tida no olhar dos adversários e pessoas que acompanham a política como incógnita. Ela fala pouco dos planos de reeleição e após meses focada nas medidas contra a Covid, decretos e tantos gargalos pandêmicos, teve as últimas semanas agitadas com entrega de obras e assinaturas de ordem de serviços e benefícios.

Acompanhada por vereadores nas solenidades pelos bairros, Cínthia fez questão de vistoriar as obras de asfalto, subiu nas máquinas, ouviu moradores, fez registros para as redes sociais e tem muito serviço para mostrar com os amplos canteiros de obras espalhados pela capital do pacote da CAF e dos recursos próprios.

Qual será o saldo e avaliação da população sobre o desempenho em frente á crise da Covid?

A imagem de “autossuficiência política” de Cínthia pode prejudicar sua caminhada á reeleição? Isso é só uma percepção da oposição ou ela tem uma cartada política na manga?

Tantas perguntas ainda sem respostas para uma eleição que já é atípica não só pela pandemia mas principalmente por um cenário igualmente atípico. A população já está esperando as respostas….

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