De acordo com os últimos dados da Junta Comercial do Estado do Tocantins (Jucetins), em comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, houve um aumento de 50% na abertura de novas empresas no Estado. Em 2020 eram 5.730 empresas abertas. Já em 2021 já são 8.598. Com este crescimento de empresas registradas, o microempreendedor individual (MEI) precisa formalizar o jeito de empreender e conquistar a tão sonhada independência financeira.
Para a contadora Ana Paula Guimarães, este crescimento, principalmente da abertura de MEIs aconteceu com a busca de formalização das atividades exercidas por diversas pessoas. “Elas tiveram que se reinventar no mercado, logo que, a maioria perdeu emprego devido à pandemia. E com o MEI é possível ter independência financeira e segurança previdenciária,” explica a CEO da Pactus Contabilidade.
Como a formalização acontece
De acordo com a contadora, o microempreendedor é um empresário que possui a liberdade de trabalhar sem cumprir carga horária, e possui os mesmos benefícios previdenciários de um empregado regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“O microempreendedor pode contratar um único funcionário pelo piso salarial da categoria. Para isso, serão necessários documentos pessoais, comprovante de endereço, exame admissional, ou seja, os trâmites normais de uma contratação, independente de ser MEI ou outro tipo de empresa,” complementa Ana Paula.
Com o desempenho essencial para o desenvolvimento do Estado, o MEI possui benefícios para alavancar o seu negócio como INSS, emissão de nota fiscal, empréstimo facilitado e a contratação de funcionário. Sobre as linhas de créditos direcionais, Ana Paula comenta que existe um teto estabelecido por cada instituição financeira. “Existem linhas de créditos que visam incentivar o microempreendedor e critérios que são analisados para a liberação de empréstimos,” ressalta.
Resultados para equipe e empresa
Além da formalização, é preciso pensar que ao contratar, o (a) microempreendedor (a) com capacidade de liderar e sendo um (a) gestor (a) com domínio da autogestão alcançará os melhores resultados ao abrir a empresa. A especialista em recrutamento e seleção da Pessoall RH, Carla Cândido, informa que a tarefa de ser um bom líder não é simples.
“A liderança é uma competência a ser desenvolvida. Não se nasce um líder pronto. Com trabalho de autoconhecimento, autodesenvolvimento com foco na autogestão, e as habilidades desenvolvidas e adquiridas vem o segundo passo da formação da equipe, ” conta. “Mesmo com apenas uma pessoa em sua equipe, é preciso externar para o outro o processo de liderança, ” explica.
Carla informa que todo empresário durante essa formação de equipe precisa conferir os currículos na concorrência por uma vaga. “Para atrair um bom funcionário, para que cresça na sua microempresa seguindo o objetivo comum, a organização deverá investir em oportunidades. “Quando o empreendedor investe no desempenho profissional do seu colaborador, retém os talentos garantindo o sucesso da equipe e consequentemente da empresa,” conclui a especialista.