Ícone do site Gazeta do Cerrado

Goiânia vive superlotação de leitos de UTI para Covid 19

Hospital de Campanha em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Hospital de Campanha em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O Hospital de Campanha de Goiânia (Hcamp) atingiu pela primeira vez 100% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 na manhã desta segunda-feira (15). Em todo estado, a taxa de ocupação na rede estadual é de mais de 90%. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES),mais de 8 mil pessoas já perderam a vida por conta da doença.

O hospital tem 100 leitos de UTI. Às 11h, o painel que mostra a situação dos leitos mostrava que 98 estavam ocupados e dois estavam bloqueados. Já às 13h, a ocupação caiu para 97%, após a liberação de três leitos.

Em toda a rede estadual, a ocupação de leitos de UTI ultrapassou 95%. Já na rede particular, 85% dos leitos intensivos estavam ocupados.

O Hospital Municipal de Rio Verde abriu mais 15 vagas de UTIs e vai reabrir o Hospital de Campanha da cidade com leitos de enfermaria para atender à demanda. Também nesta segunda-feira, o estado abriu 10 vagas de UTI em Luziânia e 11 em Senador Canedo.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, diz que o estado e os municípios estão trabalhando para evitar o colapso do sistema de saúde. “Está sendo feito um trabalho de leitos disponíveis para que a gente possa ampliar [a quantidade de vagas]. Mas é necessário entender que essa ampliação é limitada. O que a gente precisa, nesse momento, é diminuir a transmissão”, disse.

O infectologista Marcelo Daher considera o cenário como crítico.

“A gente espera que se abram novas vagas e que a população entenda a necessidade de ficar em casa e se cuidar. Esses dados estão sendo alertados há algum tempo, mas a população não vem fazendo a sua parte”, disse.

 

Ele alerta que as aglomerações registradas em vários pontos do estado podem piorar ainda mais a situação nas próximas semanas. “Provavelmente, o que nós vamos ver em março é uma situação muito mais grave do que estamos observando agora e do que em agosto, que foi quando registramos o pico”, disse.

Fonte: G1

Sair da versão mobile