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Goiás: Caiado decreta que alunos de escolas estaduais cantem Hino

O governador Ronaldo Caiado determinou que todas as escolas da rede pública estadual executem, ao menos uma vez por semana, o Hino do Estado de Goiás. O decreto com a nova regra foi publicado no Diário Oficial do Estado de terça-feira, 29. A nova regra reforça uma lei federal de 2009, que obriga todas as unidades escolares – públicas ou privadas – a executarem o Hino Nacional, também semanalmente.

A determinação foi publicada na terça-feira e já começou a ser cumprida no Colégio Estadual Dom Fernando I, na região leste de Goiânia. A diretora da unidade, Idalisa Brasil, afirma que ficou satisfeita com a regra. Ela considera que a execução do hino local ajuda a escola a trabalhar a cultura e a história do povo goiano.

“É importante a gente trabalhar o Hino Nacional, mas também é fantástica a ideia da gente trabalhar o Hino do Estado de Goiás, afinal, nós somos todos goianos.

Entre os estudantes, alguns ainda não sabem o Hino Nacional decorado e, agora, ganharam a nova missão de aprender mais uma letra.

“O Hino de Goiás é uma novidade para a gente, mas ‘loguinho’ a gente pega”, disse a estudante Carlane dos Reis.

Hino secular

A determinação do governador ocorre em um ano em que o Hino do Estado de Goiás completa 100 anos de sua primeira versão. A composição é de Antônio Eusébio de Abreu e havia sido promulgada como canção oficial por meio de uma lei estadual em 1919. Em 2001, José Mendonça Teles compôs uma nova versão, com melodia de Joaquim Jayme, e, por meio de lei, revogou a versão antiga e tornou-se o hino oficial do estado. José Mendonça Teles morreu em abril do ano passado.

Veja abaixo o Hino do Estado de Goiás:

Santuário da Serra Dourada
Natureza dormindo no cio
Anhanguera, malícia e magia,
Bota fogo nas águas do rio.

Vermelho, de ouro assustado,
Foge o índio na sua canoa.
Anhanguera bateia o tempo:
—Levanta, arraial Vila Boa!

Terra Querida
Fruto da vida,
Recanto da Paz.
Cantemos aos céus,
Regência de Deus,
Louvor, louvor a Goiás!
(repetem-se os três últimos versos)

A cortina se abre nos olhos,
Outro tempo agora nos traz.
É Goiânia, sonho e esperança,
É Brasília pulsando em Goiás!

O cerrado, os campos e as matas,
A indústria, gado, cereais.
Nossos jovens tecendo o futuro,
Poesia maior de Goiás!

A colheita nas mãos operárias,
Benze a terra, minérios e mais:
—O Araguaia dentro dos olhos,
eu me perco de amor por Goiás!

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