Lucas Eurilio
Alegando maus tratos, presos da Casa de Prisão Provisória de Palmas estão em greve de fome desde a segunda-feira, 5. De acordo com as informações da Defensoria Pública do Estado (DPE), através do Núcleo Especializado de Defesa do Preso, não apenas agressões físicas estariam acontecendo, mas as famílias dos detentos estavam sendo desrespeitadas durantes as visitas no local.
Além dessa situação, segundo a defensoria, os detentos querem melhores condições na infraestrutura da CPP para cumprimento da pena. Segundo a DPE, todos os presos do Bloco A aderiram a greve de fome.
Uma foto passada ao Gazeta do Cerrado pela Defensoria Pública do Estado (DPE) mostra uma possível agressão a um dos detentos.
A Defensoria Pública do Estado que continua acompanhando o caso, disse que vai solicitar providências junto ao Juízo da Execução Penal de Palmas e a Secretaria de Cidadania e Justiça.
A Seciju já havia informado que a principal reivindicação dos detentos era o fim do serviço de contrato bilateral, quando um casal se une para constituir família que voltará a funcionar após a reivindicação. A secretaria disse também que desde o início da greve, as refeições continuaram a ser servidas para os presos e reuniões foram realizadas..
“De segunda para cá, já foram realizadas várias reuniões com os detentos, uma delas com a presença do Ministério Público Estadual (MPE), no sentido de ouvi-los e findar a greve. A expectativa é que o movimento acabe em breve”, informou ao Gazeta.
Em nota, a Secretaria de Cidadania e Justiça informou que a greve chegou ao fim na tarde desta quarta-feira, 7, e que o serviço de contrato bilateral será ofertado todas as quarta-feiras por um cartório de registro civil particular. Sobre os maus tratos, a Seciju disse que desconhece e não aprova possíveis maus tratos praticados contra reeducandos, informou também que estará instaurando Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar causas e circunstâncias.