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Guerra, reajuste da Petrobras e corrida aos postos na capital: Aumento da gasolina, diesel e gás vai pesar no bolso do consumidor

Foto – Reprodução

Lucas Eurilio

Os impactos da sanções contra a Rússia por conta da guerra com a Ucrânia já começam a fazer efeito negativo para o bolso doi brasileiro. O conflito que já dura 16 dias, matou milhares de pessoas e desestabilizou o mercado do petróleto, o que fez com que a estatal Petrobras elevasse o preço não apenas da gasolina, mas também do diesel e do GLP, o nosso gás de cozinha.

Com o reajuste, o preço médio da gasolina passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 (aumento de 18,8%). O diesel que custava  R$ 3,61, vai para R$ 4,51 (aumento de  24,9%).

O bolso vai pesar também no gás de cozinha. O aumento no botijão de 13 kg foi de 16,1% e passa de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo. Os valores não eram reajustados há cerca de dois meses, após altas seguidas nos preços dos combustíveis e começam a valer já nesta sexta-feira, 11.

Em Palmas, na quinta-feira, 10, o anúncio do reajuste da Petrobras fez os motoristas palmenses correrem até os postos de combustíveis para abastecer. Em deles um foi registrado filas com vários veículos.

Reproduação

Ainda na capital,  internautas usaram as redes sociais para denunciar possíveis preços abusivos. “8hrs a gasolina 6,99 as 13hrs gasolina 7,49 no posto da 404 sul…. Pode isso Procon?”, questionou.

Denúncias ao Procon

O Procon Tocantins recebeu até 17h da último dia 10 de março – ontem – , cerca de 17 denúncias de consumidores relatando aumento indevido em alguns locais.

Segundo o órgão, “durante toda a quinta-feira, 10, equipes de fiscalização estavam empenhadas em averiguar e garantir os direitos dos consumidores no que diz respeito aos valores dos combustíveis.

Até às 17h desta quinta-feira a gerência de fiscalização já recebeu 17 denúncias de consumidores relatando aumento indevido. Ao todo, 2 postos da capital foram autuados por elevar os preços sem justificativa.

O órgão de defesa do consumidor salienta ainda que ao se deparar com alguma situação que possa ferir tais direiros, o consumidor deve entrar em contato por meio do Disque 151 ou utilizar o Whats Denúncia 99216-6840. Para formalizar a reclamação, o mesmo pode entrar no site www.to.gov.br/procon e preencher todos os campos e anexar os documentos solicitados”.

O gerente de fiscalização do Pronco, Magno Silva disse que “os revendedores só podem ajustar o preço dos combustíveis após os postos comparem combustíveis novos, até porque os revendedores não pagaram nada a mais pelos litros que estão no estoque. Os consumidores que encontrarem preços mais altos e reajustes indevidos podem denunciar”. 

Antes do reajuste, uma pesquisa do próprio Procon do dia 7 de março deste ano, apontava o preço mais caro da gasolina era de R$ 6,99 e mais em conta R$ 6,32.

O que diz o Sindicato dos Revenderes de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto)

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com o Sindiposto e conversou com o presidente Wilber Silvano. Ele disse que o mercado é livre e cabe apenas ao revendedor a decisão do preço. Wilber disse ainda que o aumento foi brutal.

“O mercado é livre e essa decisão – de aumentar ou não o preço –  é exclusiva do revendedor de combustível. As distribuidoras já estavam subindo seus preços antes do anúncio da Petrobras. O aumento da Petrobras foi tão brutal, tão brutal, que os postos não fizeram os repasses e não vão conseguir nem comprar produtos”.

O presidente do Sindiposto explicou ainda que o aumento do diesel por exemplo, havia subido três vezes, fora os reajustes que já vinham acontecendo.

“O aumento do dielsel é três vezes maior, fora o que já tinha subido pelas distribuidora. Ontem não tinha gasolinna pra comprar, então assim, a gente sabe que é um impacto bem grande, tanto pra sociedada, mas também é pro revendedor”.

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