Wemerson Pires Cavalcante, de 30 anos, foi preso suspeito de exigir R$ 2 mil para não divulgar fotos íntimas de uma jovem, em Araguaína. A Polícia Civil informou que ele e a vítima se conheceram numa rede social e passaram a trocar fotos. O homem teria ameaçado divulgar as imagens na internet, caso ela não desse o dinheiro. A prisão aconteceu nessa segunda-feira, 09.
“A vítima compareceu na delegacia com o boletim de ocorrência e contou que estava sofrendo uma chantagem de uma pessoa desconhecida, com um perfil de Facebook que ela não sabia de quem era e essa pessoa alegava que tinha fotos pessoais dela. Ela confirma que tinha mandado e que caso ela não pagasse R$ 2 mil, as fotos seriam publicadas, jogadas em grupo e nas redes sociais”, explicou o delegado Fernando Risério Jayme.
A vítima contou que as mensagens começaram em janeiro e depois de um tempo sem contato, o suspeito voltou a enviar mensagens. Desta vez, tentando extorquí-la.
Em uma das conversas, ele ameaça a mulher. Ele exige R$ 2 mil e diz que não adianta a vítima bloquear. “Sou fake. Tenho pelo menos mais cinco fakes. Tenho todos os seus amigos”. O suspeito ainda afirma que é profissional e que vive disso.
Quando a vítima estava na delegacia relatando o caso, ela recebeu a ligação de Cavalcante e ele exigiu novamente o pagamento. A conversa foi acompanhada pelos delegados Fernando e Luís Gonzaga, responsáveis pela investigação.
Em outra conversa, o suspeito marca um local para receber o dinheiro e diz para a vítima que outra pessoa iria segui-la. A jovem foi até o local e deixou o pacote. Quando Cavalcante apareceu para pegar o dinheiro, foi preso em flagrante pelos policiais que estavam no local, acompanhando a ação do suspeito.
A polícia segue investigando o caso e não descartou a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas na extorsão. Enquanto o suspeito estava preso na delegacia, sem acesso à internet, os perfis falsos foram apagados das redes sociais.
“Uma série de indícios, até da voz dele, implica para que ele seja o autor, mas não exclui que possa ser mais de um. Ele pode ter ido buscar e o outro que passou as fotos ou que fez as conversas”, explicou o delegado.
Fonte: G1 Tocantins