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Hortas comunitárias fomentam a agricultura familiar e promovem qualidade de vida

23/06/2021 - Hortas - Promover a inclusão social e garantir alimentação saudável para a população de Palmas é alguns dos benefícios das hortas comunitárias mantidas pela Prefeitura de Palmas. Quais os benefícios das hortas urbanas tanto para quem compram os produtos fresquinhos quanto para quem cultiva hortaliças no local. Quantas hortas são e quantas pessoas são beneficiadas com o cultivo e comercialização dos produtos, quais hortaliças podem ser encontradas e como a prefeitura atua nesse projeto. Local: Quadra Arse 112 Sul Foto: Lia Mara Palmas - TO

A iniciativa de produzir alimentos com a participação da comunidade, em áreas próximas às suas casas, em Palmas, tem promovido a inclusão social e a segurança alimentar de idosos, mulheres, jovens, e de toda família de quem produz. Atualmente, as 23 hortas implantadas pela Prefeitura de Palmas atendem diretamente mais de 500 famílias e duas mil indiretamente, como fonte de complementação de renda dessas pessoas em situação de desemprego e melhoria do acesso a uma alimentação adequada.

Desde 1991, as Hortas Comunitárias, assim como as feiras livres, fazem parte da tradição do palmense que busca por alimentos fresquinhos e de qualidade. O programa também estimula o convívio na comunidade e a interação com a natureza, proporcionando benefícios físicos e mentais.

Marlilde Pereira de Morais, de 54 anos, conta que começou a cultivar na horta da Arse 112 (1.106 Sul), que fica em frente à sua casa, por recomendação do seu médico. “Eu vim pra cá, para curar uma depressão, e curei. Gostei tanto que já são quase 10 anos cultivando e hoje cuido de nove canteiros.”

A produtora explica que lá fez amigos, e a roda de conversa é uma terapia diária. Ela e o irmão Ronaldo Pereira de Moraes, que também tem canteiros na horta, conseguem tirar das vendas das hortaliças até R$600 por mês de renda extra cada. “Meu irmão iniciou este ano, e já conseguiu comprar três portas de madeira e toda a madeira da área da casa dele, só com o dinheiro da horta”. Os irmãos destacam que nem precisam sair do local para vender, os clientes vão buscar.

O presidente da horta da Arse 112, Mauri Veríssimo de Araújo, cuida de 15 canteiros com a esposa e a filha de 26 anos. “Aqui conseguimos complementar nossa renda e melhorar nossa alimentação em casa”. Mauri cultiva na mesma horta desde 97, e por 12 anos vendeu seus produtos nas feiras, hoje seus clientes são bares e restaurantes.

Já para Valterina Neres Cerqueira, Doninha como é conhecida pelos amigos, cultivar na horta é mais que uma renda extra ou uma forma de alívio para o estresse, é solidariedade. “Aqui além de ter uma renda extra, eu ajudo muitas pessoas que precisam, toda semana faço sacolas com os produtos que cultivo e entrego nas casas de pessoas que não tem o que comer.”

Assistência

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) não há canteiros ociosos na Capital, todos estão sendo cultivados, e há uma lista de espera de interessados. “Quando identificamos que há algum canteiro sem cuidar, chamamos o responsável para saber o que está acontecendo, caso a pessoa não consiga mais cultivar, pedimos para que ceda o espaço para outra pessoa que está na fila de espera e precisa da horta para complementar a renda”, explica Valderi Salazar, diretor de patrulha mecanizada, responsável pelas hortas comunitárias.

Também é feito um trabalho de acompanhamento social dessas famílias por meio de uma assistente social e um engenheiro agrônomo. As ações são voltadas a promover a saúde e bem-estar social, estimulando hábitos alimentares saudáveis, o convívio comunitário, a cooperação e o trabalho em equipe, também são desenvolvidas oficinas de técnicas de plantio e manejo.

“Toda infraestrutura das hortas é por conta da Prefeitura, que cede a área, alambrados, portões, tanques para colocar água, tubulação hidráulica, insumos para o preparo de solo (correção, adubação química, orgânica), além de ferramentas (enxadas, pá, rastelo, carrinho de mão), sementes de hortaliças, defensivos químicos, pulverizadores entre outros. Além de toda assistência técnica para a implantação e acompanhamento do programa”, explica a assistente aocial, Marcelina Ferreira dos Santos.

São cultivadas diversas hortaliças como alface, cebolinha, coentro, rúcula, pimentas diversas, jiló, quiabo, couve, manjericão, salsa, além de plantas medicinais.

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