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Hospitais dão crédito ao Governo e suspendem paralisação no Plansaúde

PlanSaúde - Divulgação

Equipe Gazeta do Cerrado

Após inúmeras reuniões entre a diretora do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Plansaúde) e representantes dos Sindicatos dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Tocantins (Sindessto), dos Médicos do Estado do Tocantins (Simed), dos Servidores Públicos (Sisepe) e da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest), entre outros, as entidades decidiram suspender a paralisação e continuar com os atendimentos aos servidores e dependentes.

A informação foi confirmada pela assessoria do Sindessto à Gazeta do Cerrado na manhã desta terça-feira, 22.

Em conversa com à presidente do Sindessto, Maria Lucia Castro, ela afirmou que o Plansaúde atendeu a reivindicação é prometeu pagar até dia 05. “Vamos aguardar e ver se pagam. Eles tem o prazo até dia 05, caso não paguem suspendemos os atendimentos novamente”, afirmou a presidente da entidade.

Na última reunião nessa segunda-feira, 21, o Governo pediu um prazo de 30 dias. O Plansaúde e as entidades vão realizar a revisão conjunta da tabela e manual do Plano. Também que até a publicação desta reavaliação, ficam valendo as regras constantes da portaria 560 de julho de 2017.

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Sobre os pagamentos, o Plansaúde solicitou o prazo de dez dias para discutir e apresentar aos prestadores uma nova proposta de cronograma que será discutida e definida em conjunto com a Secretaria da Fazenda.

Entenda

Conforme o Sindessto, dentre alguns pontos cobrados do governo estão: prazo de 30 dias para revisão conjunta da Tabela e Manual (com representantes do prestadores e Plansaúde); usar a portaria 560 de julho de 2017 durante revisão até publicação da tabela; equiparar os pagamentos dos prestadores que estão atrasados e colocar todos na mesma competência; estabelecer um cronograma de pagamento das parcelas em atraso para todos os prestadores através do parcelamento em dez vezes, concomitantemente ao pagamento das competências mensais a partir de agora; suspensão das glosas abusivas e revisão do processo interno de auditoria do Plansaúde/Infoway; negociação e elaboração de cronograma para pagamento das glosas irregulares realizadas nos últimos 36 meses a todos os prestadores. 

O Sindessto cobra também que a contraproposta, se aceita pelo governo, seja juntada como acordo no processo judicial em andamento. Atualmente o governo está em atraso com mais de oito meses de repasses aos prestadores, incluindo hospitais, clínicas e laboratórios. 

No último dia 11, o governo reuniu-se com o Sindessto, mas não houve consenso. O Sindicato seguiu com a decisão de paralisar os atendimentos. A expectativa é de que, para não afetar o usuário, o governo possa, desta vez, acatar a proposta dos prestadores, afirmou o sindicato. 

“Não queremos prejudicar o atendimento aos usuários. São mais de 80 mil vidas que dependem do plano. Mas chegamos ao nosso limite. O governo precisa rever a postura que tem com os prestadores e colocar como prioridade regularizar essa dívida, ter mais transparência e arcar com a responsabilidade de quitar o pagamento em dia. Queremos continuar atendendo, mas precisamos que o governo garanta que vai fazer sua parte”, pondera a presidente do Sindessto, Maria Lucia Machado de Castro. 

O sindicato destaca ainda que os atrasos frequentes têm causado desequilíbrio econômico-financeiro nas empresas, impossibilitando o pagamento de fornecedores e trabalhadores.

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