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Lucas Eurilio
Cerca de 60 indígenas da etnia Krahô estão ilhados há dois meses por conta da enchente do Rio Formoso, numa aldeia em Lagoa da Confusão, sul do Tocantins. Eles estão vivendo numa Área de Preservação Permanente (APP).
Segundo o vice-cacique Davi Camõc Krahô as águas já invadiram algumas coisas e fala sobre a situação difícil na qual estão vivendo.
“A enchente aqui na comunidade continua da mesma forma. Nós estamos ilhados, com água no meio da aldeia, dentro da comunidade, algumas casas com água dentro, as criações também estão dentro da água. Estamos numa situação meio complicada aqui”, disse ao Gazeta do Cerrado.
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O indígena contou também que estão sem receber assistência já há alguns dias, tanto do Município como do Estado. Afirmou ainda que os que continuaram no local para resistir e estão bebendo água suja com o gosto ruim.
“Há mais de dois meses a água está aqui na comunidade. Temos um poço artesiano aqui, mais como tá muito cheio, água dele tá um pouco suja, com o gosto ruim. Tá uma água um pouco amarela e estamos tomando dessa água mesmo. Recebemos cestas básicas aqui do Município do Estado já tem um mês. A última que recebemos foi de Lagoa da Confusão, mas estamos aqui, resistindo nessa situação muito ruim” relatou.
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Davi contou que a Defesa Civil e a Funai foram ao local para tentar convencê-los a ir para a cidade, mas rejeitaram por conta da covid-19.
“Estamos aqui quase 60 pessoas, o normal geralmente é 70, mas como algumas casas foram invadidas pela água, alguns indígenas precisaram sair , foram pra cidade, porque não tem como ficar aqui. Aqui nós estamos ilhados, pra todo lado que a gente for é água. Estamos aqui resistindo porque não queremos ir pra cidade por conta da covid-19. Se encher muito a gente vai ter que sair”, concluiu.
Nossa equipe entrou em contato com o Governo do Estado para saber se há alguma previsão de ajuda aos indígenas.
A Gazeta do Cerrado tenta ainda contato com a Prefeitura de Lagoa da Confusão e ressaltamos que o espaço está aberto para posicionamento.