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Impactos ambientais na Bacia Araguaia-Tocantins são tema de debate

O seminário reforçará a importância de priorizar agendas de proteção, conservação e fomento ao desenvolvimento econômico sustentável.

 

Bacia Araguaia-Tocantins

 

O Movimento Estadual de Direitos Humanos do Tocantins (MedhTO) e entidades parceiras, realizarão, no dia 30 de novembro, o seminário “Não à Hidrovia Araguaia-Tocantins por Justiça Climática”, com o objetivo de debater os impactos socioambientais na região. O evento acontecerá das 8h às 12h, no Colégio Marista, e contará com a participação do procurador da República, Mário Lúcio Avelar.

De acordo com a coordenadora do MedhTO, Maria Vanir, a entidade busca criar um espaço plural para a troca de informações, técnicas e soluções viáveis. “Queremos fomentar um debate público sobre os impactos da Hidrovia Araguaia-Tocantins no contexto ambiental, econômico e social, promovendo uma análise crítica e detalhada sobre o tema”.

 

A captação de água em grande escala reduz o nível fluvial e afeta comunidades ribeirinhas e povos originários

 

Entre os resultados esperados estão a elaboração de um documento com recomendações, que será encaminhado aos órgãos competentes, e a articulação de parcerias com outras entidades de defesa ambiental e direitos humanos.

O evento contará com painéis temáticos, discussões técnicas e uma abordagem institucional sobre a questão climática e os desafios ambientais da região. As inscrições podem ser realizadas pelo link https://forms.gle/qxGRiyjYaGpedvKi6. Após o evento, serão emitidos certificados aos participantes.

 

Bacia Araguaia-Tocantins

 

A Bacia Araguaia-Tocantins é uma das mais importantes do país, percorrendo e abastecendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará.

Nos últimos tempos, secas e chuvas irregulares têm influenciado a recomposição do fluxo dos rios, resultando em baixos níveis hídricos, consequência da captação de água em larga escala pelos grandes produtores rurais ao longo do curso dos rios.

Esse cenário tem impactado a sobrevivência de comunidades ribeirinhas, tradicionais e povos originários, colocando em risco a disponibilidade de água nesses estados e sua biodiversidade.

Assembleia Geral

No mesmo dia 30, a partir das 14h, no mesmo local, o MedhTO realizará a Assembleia Geral anual, que abordará assuntos administrativos da entidade.

 

Entidades

 

Juntamente com as entidades parceiras também as associadas ao Medhto. São elas o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA/TO); Os Centros de Direitos Humanos de Araguaína, Cristalândia/Regional, Formoso do Araguaia, Palmas e Porto Nacional; Centro de Educação Popular – Estadual – Palmas; a Comissão Pastoral da Terra (CPT); CIMI – Regional Tocantins/Goiás; Comsaúde (Porto Nacional e Palmas).

E também o Movimento dos Atingidos por Barragens (Palmas e Estadual); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST – Palmas e Estadual); Grupo de Consciência Negra – Enegrecer; Instituto Art’Afro e Direitos Humanos (Miracema); Kolping de Palmas/TO – Edineusa Brandão; e a Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins (ATRATO).

 

Programação

 

O seminário visa fomentar um debate público sobre os impactos da Hidrovia Araguaia-Tocantins

 

Dia 30/11 – Manhã

8h às 8h45: Café da manhã acolhedor, mística de abertura e exibição do vídeo “Amazônia Viva” em tecnologia 3D.

8h45 às 9h45: Painel sobre questões ambientais no Tocantins.

Palestrantes:

Advogada Fátima Dourado.

Dr. Mário Lúcio Avelar, representante do Ministério Público Federal em Goiás, que abordará os impactos ambientais da Hidrovia Araguaia-Tocantins.

Dr. Alberto, professor da UFRJ, que trará uma análise acadêmica sobre o tema.

10h30 às 12h: Discussão sobre perspectivas e desafios do Tocantins na implantação da hidrovia, com foco na visão governamental e estratégias de mitigação.

Dia 30/11 – Tarde

14h às 19h: Assembleia Geral Ordinária do MedhTO, aberta aos integrantes e parceiros do movimento.

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