Paulo Rocha da Paixão, acusado de matar Rodrigo Alves Rodrigues Filho, de 10 anos, foi solto pela Justiça. A decisção é do juiz Willian Trigilio da Silva, da 1ª Vara Criminal de Palmas. Segundo as informações da Polícia Civil, acredita-se que Paulo tenha matado por engano a criança e que a vítima seria o pai do garoto.
Na época as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes. O pai de Rodrigo tinha um suposto caso amoroso com a mulher do acusado. A polícia disse que Paulo confesso o crime.
Na decisão, o juiz disse que “O réu é primário, possui endereço fixo e família, incluindo um filho menor que depende do trabalho do pai para garantir o sustento. Durante o interrogatório o acusado mostrou-se arrependido e não demonstrou ser pessoa capaz colocar em risco a ordem pública ou comprometer a aplicação da lei penal caso posto em liberdade”.
Paulo está preso desde o dia 7 de fevereiro deste ano. Após a soltura, medidas cautelares foram estabelecidos e o acusado terá que se apresentar à Justiça mensalmente, não pode deixar a cidade por mais de oito dias ou sair durante a noite e está proibido de se aproximar da família da vítima. A soltura foi determinada no último dia 24 de julho.
O assassinato
Pai e filho foram baleados dentro de um carro em uma estrada vicinal perto da TO-020, saída para Aparecida do Rio Negro em fevereiro deste ano. A suspeita é que o autor tivesse montado uma emboscada para o pai da criança. O tiro saiu de um matagal e atingiu o braço do pai de raspão. Rodrigo Alves Rodrigues Filho não resistiu aos ferimentos e morreu nos braços do pai.
Horas depois, Paulo Rocha da Paixão, de 28 anos, foi preso. Ele confessou o crime e disse que errou o tiro.
No matagal, a 20 metros do local do crime, a Polícia Militar encontrou uma espingarda calibre 20 com um cartucho deflagrado e outro intacto, além de uma camisa, que pode ter sido usada para a prática do crime.
O pai da criança contou que ia para o trabalho, juntamente com o filho de 10 anos quando foram surpreendidos. O tiro atravessou o vidro do carro, passou de raspão no braço do empresário e atingiu a cabeça do filho. “Na hora vi o sangue e não parei o carro. Saí correndo, furei sinais vermelhos para chegar rápido no hospital. Mas ele morreu nos meus braços”, lamentou.
*Com informações do G1 Tocantins
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