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Indonésia quer adotar sistema eletrônico de votação brasileiro em 2024

Tribunal Regional Eleitoral faz demonstrações da urna biométrica no fim de semana no Distrito Federal, para familiarizar o eleitor com a urna eletrônica (José Cruz/Agência Brasil)

Com votação ainda feita com cédulas de papel, a Indonésia está interessada em adotar um sistema eletrônico semelhante ao usado nas eleições brasileiras a partir de 2024. Para isso, uma comitiva com oito integrantes do Parlamento indonésio  visitou nesta semana o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

A delegação da Indonésia assistiu a simulações como as que o TSE faz antes das eleições – Arquivo/Agência Brasil

“O voto eletrônico desenvolvido no Brasil tem tudo o que necessitamos na Indonésia. No ano que vem, faremos eleições ainda no modelo de cédulas, mas esperamos que, nas eleições de 2024, possamos implementar sistema parecido com o modelo brasileiro”, afirmou o chefe da missão e vice-presidente da Câmara dos Deputados da Indonésia, Fahri Hamzah. Ele se disse impressionado com o sistema de voto eletrônico brasileiro.

Além de ter assistido a uma demonstração do funcionamento da urna eletrônica, a comitiva pôde fazer votações simuladas.O grupo também assistiu a uma palestra do secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, sobre todo o processo eleitoral brasileiro, com destaque para o sistema informatizado usado pela Justiça Eleitoral há mais de 20 anos.

Janino destacou que o Brasil deu início a um dos melhores sistemas eleitorais do mundo, principalmente no que diz respeito à segurança, quando passou a desenvolver o processo de votação eletrônico. Ele ressaltou que testes de segurança feitos antes de cada pleito garantem a lisura das eleições mo Brasil. Janino lembrou que, seis meses antes das eleições, esses sistemas podem ser examinados por integrantes de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Supremo Tribunal Federal (STF), da Polícia Federal e de universidades.

Dúvidas

A delegação quis saber como os votos são inseridos na urna e as possíveis formas de violação de dados. O secretário de Tecnologia da Informação explicou que o equipamento não tem conexão com a internet, o que livra o sistema da invasão de hackers. “A Nasa [agência norte-americana responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial] pode ser invadida, o Pentágono [sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos] pode ser invadido, um banco pode ser invadido, mas as urnas eletrônicas, não”, garantiu Janino.

O especialista também destacou a importância do cadastramento biométrico realizado no Brasil, afirmando que este processo também garante a segurança nas eleições, já que impede qualquer duplicidade de voto.

O TSE já recebeu representantes de mais de 70 países, oito já firmaram acordo de cooperação para receberem conhecimento da experiência brasileira.

*Com informações do portal do TSE

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