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Influencer de Araguaína se irrita com o resultado das eleições: “Ah como eu queria que a arroba do boi aumentasse absurdamente”

Influencer Victoria Miranda – Foto – Reprodução Instagram/Divulgação

Lucas Eurilio

A influencer bolsonarista de Araguaína, Victoria Miranda, publicou um vídeo nos stories irritada após o candidato Luíz Inácio Lula da Silva (PT) ser eleito no domingo, 30. (Veja o vídeo no final da reportagem). 

Segundo Victoria que é estudante de nutrição e tem quase 50 mil seguidores no Instagram, os tocantinenses e os brasileiros votaram contra o agronegócio.

Victoria Miranda declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) – Foto – Reprodução Instagram

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“Votaram no PT, no Lula, cês esqueceram que que vocês estão indo contra o agro né? Que é o que põe comida na mesa de vocês. Parabéns!”, afirmou a influencer.

Em outro trecho do vídeo Victoria debocha da fome de milhões de brasileiros e diz que espera que o preço da carne – já altíssimo – aumente ainda mais.

“Ah como eu queria que a arroba do boi aumentasse absurdamente. Como eu queria”, finaliza.

A Gazeta do Cerrado ressalta que o espaço está aberto caso a influencer queira se posicionar sobre o assunto.

Mapa da Fome

Dados das Organizações da Nações Unidas (ONU) cerca de 61 milhões de brasileiros enfrentaram a insegurança alimentar entre 2019 e 2021.. Desses, 15 milhões passaram fome o resto não tinha certeza de quando faria a próxima refeição. Entre os anos de 2014 e 2016, esse número era de 4 milhões. Os dados foram divulgados em julho deste ano.

O Brasil inclusive, ficou acima da média global com maior índice de pessoas com insegurança alimentar, conforme a ONU.

Na contramão, veio a pandemia que além de matar quase 700 mil pessoas, foi uma das ‘justificativa’ da fome no Brasil, entretanto, para Daniel Balaban, diretor do Programa de Alimentos da ONU no país, a situação começou a piorar muito antes da Covid-19.

“A pandemia não é a maior culpada pelo Brasil estar de volta a esses números extremamente altos de pessoas com fome. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Essa população precisa do apoio de políticas públicas para ser incluída na cidadania, incluída na sociedade. Fazer com que as pessoas possam produzir, possam participar, colocar pequenos negócios, possam ter hoje uma formação educacional diferenciada, uma formação profissional diferenciada”, disse em entrevista ao Jornal Nacional.

Na época da divulgação dos dados, com o levantamento, a FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, voltou a divulgar o Mapa da Fome, o que não fazia desde 2015. Naquele ano, o Brasil tinha conseguido sair dessa classificação, que representa uma situação grave. Mas pelos números divulgados agora, desde 2018, o país está de volta ao Mapa da Fome.

Um país entra no Mapa da Fome da FAO quando mais de 2,5% da população enfrentam falta crônica de alimentos. E a fome crônica no Brasil atingiu agora 4,1%.

Assista

*Com informações do Jornal Nacional

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