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Integrante da Estrela do Sertão é a grande campeã na categoria Rainha das Juninas

 Fatyslene Oliveira – Foto – Luciana Pires

Emoção, festa, alegria e celebração pelo reencontro com a plateia marcaram a abertura do 29º Arraiá da Capital, nesta quarta-feira, 10, na Grande Praça do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, com a escolha da Rainha das Juninas. A grande campeã da noite foi Fatyslene Oliveira Lima, da Junina Estrela do Sertão.

Fatyslene e a rainha da Pizada da Butina, Millena Rodrigues, também estreante da categoria, empataram tecnicamente, tendo como critério de desempate a idade, e Milena ficou com a segunda colocação. O terceiro lugar ficou com Waldenicy de Souza, da Matutos da Noite.

Foto – Júnior Suzuki

A campeã da noite recebeu, além da faixa e do troféu de rainha, a premiação de R$ 5 mil. Já as segunda e terceira colocadas receberam faixa e troféu.

Além de música e dança o palco das apresentações também trouxe, na primeira noite do Arraiá da Capital, muitas manifestações contra o racismo, o preconceito e a violência, além de exaltação das lendas e cultura popular. A novidade, em relação ao ano de 2020, foi à presença do público, que no ano passado não pode acontecer, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Neste Arraiá, considerado evento teste, cada grupo junino pode levar para assistir aos espetáculos até dez convidados.

O tema defendido pela campeã da noite foi a lenda da Boiúna, que Fatyslene garante que vale a pena conhecer, pela riqueza cultural e de significados. Conta a lenda que a Boiúna é uma cobra enorme que habita o fundo dos rios, lagos e igarapés da Amazônia. Ela teria um corpo tão brilhante que seria capaz de refletir o luar e seus olhos irradiariam uma luz capaz de atrair os pescadores que se aproximam pensando se tratar de um barco grande. E esta seria a forma da cobra conseguir alimento.

Ainda foram homenageadas na noite, a lenda da Flor de Açucena e a história de Dandara dos Palmares, uma mulher negra e guerreira, considerada ícone da luta negra no Brasil. Também foi contada, por meio de dança e música, a história de Teresa de Benguela, líder quilombola do século XVII. Teve ainda uma homenagem a Marielle Franco, vereadora negra do Rio de Janeiro, assassinada em 2018, cujo crime segue sem ser desvendado até os dias atuais.

Animação

A animação do primeiro dia de Arraiá ficou por conta do radialista Almir Rodrigues e do Palhaço Batatinha Frita, que já dividem o palco há sete anos. Eles ainda contaram com a ancoragem do comentarista e entrevistador Marquinhos.

A banda Forró do Balançado embalou o público com ritmos juninos. Ao final também teve a apresentação do cantor Aduílio Mendes, que já fez parte de bandas nacionais de forró como Mastruz com leite, Magníficos e Forró Moral.

Homenagens

Mas a noite de festas também teve lugar pra saudades e homenagens póstumas. Um espaço foi criado para lembrar os servidores municipais vitimados pelo novo coronavírus (Covid-19). Foi em homenagem a eles e para reforçar que apesar das perdas e da saudade a vida segue seu curso, que foi escolhido o tema ‘A Chama que nunca se apaga, a Memória que não se esvai’.

Na abertura do evento também foi prestada uma homenagem póstuma ao servidor municipal público aposentado, artista e ativista cultural, Francisco Carvalho Costa Andrade. Ele faleceu na madrugada desta quarta-feira, 10, e foi reverenciado por colegas das artes e da Prefeitura, com um minuto de silêncio.

 

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