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“Já passei pela Justiça Federal cinco vezes”, diz palmense que luta há 23 anos para se aposentar

Alexssandra Lopes dos Santos – Foto – Reprodução

Lucas Eurilio

A palmense Alexssandra Lopes dos Santos, de 44 anos, luta há mais da metade de sua vida para conseguir se aposentar por conta dos problemas de saúde.

Em entrevista ao Gazeta do Cerrado, Alexsandra contou que desde quando se separou, precisou trabalhar mesmo sem poder para sustentar os filhos. Ela contou que sofre com a saúde fragilizada.

“Eu tive paralisia infantil aos 11 meses de idade. De lá pra cá, eu tenho tentado um benefício do INSS e todas as vezes que eu entro lá, eu sou negada. Eu já passei pela Justiça Federal cinco vezes. Tive filhos, me separei, aí eu tive que trabalhar mesmo sem poder, para criar os meninos. Tinha que trabalhar pra criar os filhos se não eles iam passar fome. Aí trabalhando, o problemas de saúde se agravou. Hoje eu tenho escoliose, bico de papagaio, hérnia de disco e na semana passada, eu passei por uma perícia e eles novamente negaram meu pedido”.

Sem conseguir trabalhar há quase quatro anos, a palmense adoeceu e teve dificuldades até para se locomover.

“A minha luta contra o INSS dura quase 23 anos. A primeira vez que dei entrada no INSS eu estava grávida do meu filho mais velho, que completamente em agosto, 23 anos. Já tem quase quatro anos que eu estou sem trabalhar, que não aguento trabalhar. Eu adoeci, não aguentava nem andar, aí a própria empresa encaminhou. Aí o INSS negou, ainda assim eu fiquei um ano e dois meses sem trabalhar porque não aguentava voltar pro trabalho. Estava fazendo fisioterapia, tomando medicamento em casa, mas sempre apresentando pra empresa a documentação, laudos, atestados médico. O ortopedista também me afastou por tempo indeterminado”.

Por conta de todos os problemas de saúde, Alexssandra disse ainda que sente várias dores e disse que só procurou a imprensa, porque não sabe mais o que fazer para que o INSS conceda o benefício

“Eu entro e eles negam o tempo todo. Eu não tenho condições nenhuma de trabalhar. Sinto muitas dores nas pernas, nos braços, costas. Não consigo nem fazer as coisas dentro de casa. Eu procurei a imprensa porque já tentei de tudo. Todos os tipos de benefícios que dizem que as pessoas com deficiência tem, eu tentei no INSS. Tentei com advogados públicos, Defensoria da União, aí fui pros advogados particulares, que cobram 30% caso eles venham a ganhar a ação, negou também novamente. Tem que ter uma saída, eu não aguento trabalhar. Eu contribuí pro INSS, tem uns 10 anos de contribuir”.

Nossa equipe entrou em contato com o INSS nesta terça-feira, 6, questionando sobre as dificuldades encontradas por Alexssandra para se aposentar e aguarda um posicionamento do órgão sobre o assunto.

Veja depoimento de Alexssandra

 

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