Ícone do site Gazeta do Cerrado

Janeiro Roxo: ações de combate e prevenção à hanseníase iniciam hoje na Capital

Foto Divulgação/Internet

O primeiro mês do ano é denominado Janeiro Roxo que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade e autoridades de saúde sobre a importância da prevenção e tratamento adequado da Hanseníase. Em Palmas, o Grupo Condutor do Programa Palmas Livre da Hanseníase desenvolverá várias ações nos Centros de Saúde da Comunidade e feiras livres durante a campanha que encerra no dia 31 de janeiro, Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, com uma ação coletiva na zona rural da Capital.

Nos Centros de Saúde da Comunidade, as equipes de Saúde da Família e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) promovem rodas de conversa sobre prevenção de incapacidade e autocuidado, ações educativas, busca por novos casos, acompanhamento dos pacientes já diagnosticados e avaliação de seus contatos, além de ações de saúde bucal aos pacientes já em tratamento e aos novos diagnosticados.

Nas feiras livres da Capital, as ações de educação em saúde começam neste sábado, 13, na Feira do Jardim Aureny III das 8 às 10 horas, e na Feira do Jardim Taquari das 10 às 12 horas. Já na Feira da 304 Sul – Espaço Popular Mário Bezerra Cavalcante –, as ações acontecem na terça, 16, das 17 às 19 horas. Na quarta-feira, 17, das 18 às 20 horas, será a vez da Feira da Arno 61. Na quinta, 18, os trabalhos serão na Feira da Arse 112 das 17 às 19 horas. Na Feira do Jardim Aureny I será no sábado, 20, das 17 às 19 horas. As ações se encerram na Feira da Arno 33, no sábado, 27, das 17 às 19 horas.

 A campanha encerra no dia 31, quarta-feira, na zona rural abrangendo a região de Taquaruçu, assentamentos rurais Veredão e Serra de Taquaruçu. Mais de dez equipes farão o atendimento em domicílio visando o diagnóstico precoce, avaliação de contatos e ações de educação em saúde. A intenção das ações é atender 100% das famílias dessas localidades. Mais de 30 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistente social, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e agentes comunitário de saúde devem participar dessa ação coletiva.

Publicidade

Enfrentamento

De acordo com o Grupo Condutor, em Palmas 654 casos novos de hanseníase foram notificados em 2016 e 516 casos no ano de 2017. Atualmente, encontram-se em tratamento 913 pessoas, onde 65 destes casos são menores de 15 anos de idade, mostrando assim, que a doença permanece ativa.

Vale ressaltar que até 2015 era registrado cerca de 150 casos da doença por ano. O aumento no número de casos se deu a partir da qualificação das equipes de Saúde da Família que compõem a rede municipal de saúde. Desde 2016, os profissionais da rede recebem a consultoria do médico hansenólogo Jaison Barreto, do Instituto Lauro Souza Lima (Bauru-SP), que todos os meses vem à Capital ministrar aulas práticas para os médicos da atenção básica, o que vem resultando na descoberta de novos casos, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

A cada novo caso descoberto, o início do tratamento é imediato e todos os familiares e pessoas que convivem diariamente com o paciente são avaliados, pois caso tenham a doença também iniciam o tratamento, quebrando assim a cadeia de transmissão.

O protagonismo de Palmas na luta contra à hanseníase agora serve de modelo para outros 20 municípios brasileiros que são acompanhados de perto pelo Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e com recursos da Fundação Nippon (Japão).

Como a hanseníase é uma condição crônica que necessita de cuidado integral e contínuo com equipe multidisciplinar envolvendo tratamento medicamentoso, atendimento psicossocial, reabilitação física, grupos de autocuidados, cirurgias de descompressão de nervos, entre outros. Palmas possui uma ampla rede de assistência com 34 Centros de Saúde com equipes habilitadas ao cuidado integral, três hansenólogos, cinco dermatologistas de referência, ortopedista especialista em cirurgias de neurólise,neurologista, serviços de reabilitação física e psicossocial com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicólogos. Atualmente, encontra-se em implantação o primeiro serviço de Sapataria Ortopédica e Oficina de Órteses/Próteses de Palmas para auxiliar os pacientes com incapacidades.

Sair da versão mobile