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Jornalistas tocantinenses se mobilizam e ajudam criança com paralisia cerebral

(Foto: Wherbert Araújo)

 Especial Gazeta do Cerrado 

O uso das redes sociais muitas vezes é motivo de conflitos, intrigas e e divergências das mais variadas. Seja  preconceito racial, posicionamentos políticos, homofobia, misoginia e outras “doenças virtuais”. Mas as redes também podem ser aproveitadas para realizar ações altruístas, de conforto e de ajuda a quem precisa. Comovidos pela história da criança Keila Cristina, de 10 anos, um grupo de jornalistas tocantinenses realizou uma grande ação coletiva arrecadando donativos, alimentos e fraldas que vão ajudar a criança com paralisia cerebral, moradora de Chapada de Natividade, município distante a 197 quilômetros de Palmas.

Tudo começou quando a cozinheira Basília Custódio da Costa resolveu colocar em uma rede social um apelo pedindo ajuda para sua sobrinha Keila Cristina Camelo da Costa, de 10 anos, que por causa de uma paralisia cerebral identificada nos primeiros meses de vida, a impedem de enxergar, escutar e falar. Ela só se locomove com auxílio de parentes. “Eu fiquei preocupada com a situação da menina que precisa de fraldas, remédios e alimentos. Foi então que postei as fotos na espera que alguém ajudasse”, afirmou.

As fotos e um resumo da história da garota foi parar num grupo de discussão de jornalistas tocantinenses que se mobilizaram entre si e conseguiram alimentos, fraldas, produtos de higiene e uma quantia em dinheiro. De acordo com um dos mobilizadores que preferiu não se identificar, a ação só obteve sucesso por causa do empenho de dezenas de profissionais da comunicação tocantinense. “Eu fiquei impressionado com a solidariedade dos meus colegas de profissão. Acredito que o jornalista antes de mais nada é um agente de mudança. Não só o ofício de levar a informação para a comunidade, mas também buscando maneiras de ajudar a quem precisa”, ressaltou.

Necessidades

Segundo a avó da Keila Cristina, a dona de casa Marcolina Custódio Camelo, que ainda cuida da irmã gêmea da menina e outros dois netos, toda a família sobrevive com um salário mínimo oriundo do Benefício de Prestação Continuada (BPC), recurso do Governo Federal destinado a idosos e pessoas portadoras de deficiência e em situação de vulnerabilidade econômica e social. Além disso, a família recebe ainda R$ 190,00 por meio do programa Bolsa Família. “Tem meses que o dinheiro mal dá para comer porque às vezes a Keila adoece e os remédios são caros. Já gastei R$ 200,00 só com os gastos na farmácia”, afirmou.

De acordo com a dona de casa, para garantir a comodidade de sua neta, a pequena casa precisa de adequações. “Acho que o banheiro precisa de uma reforma para ficar maior e mais fácil de dar banho e manter a higiene da Keila”, afirmou.

Donativos

Após uma visita para entregar os produtos, os organizadores da ação humanitária identificaram que a residência precisa passar por readequações no piso, instalação de um ventilador de teto no quarto em que a criança repousa, além maior celeridade no acompanhamento do quadro clínico da criança, que necessita realizar exame de vista e posteriormente acompanhamento médico com frequência.

Os interessados em colaborar podem ligar no telefone (63) 99250 3640 ou 99211 1919, falar com Basília.

(Foto: Wherbert Araújo)

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