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Judô – Uma arte do Japão para o Tocantins

O judô foi criado no final do século XIX, no Japão, por Jigoro Kano. Kano baseou-se nas técnicas de um sistema de autodefesa tradicional japonês denominado jujitsu, imortalizado no imaginário ocidental pela figura do samurai. A intenção de transformar uma arte marcial tão antiga e popular em outra deve-se, muito provavelmente, à sua formação de filósofo: Kano modificou as técnicas de luta exclusivas para combate em uma arte que se propõe a formar o ser humano, baseando-se na percepção de sua limitação para ultrapassá-la.

Jigoro Kano, Japão, criador do Judô

Traduz-se o termo judô como “caminho suave” ou “caminho da suavidade”. E classificam-se os seus benefícios em três blocos: o primeiro refere-se ao condicionamento físico proporcionado pela prática; o segundo diz respeito à disciplina atingida por meio da luta e dos mecanismos de concentração, autocontrole e autoconfiança; e o terceiro se dá no campo da ética e da moral, em que o respeito aos valores apresenta significativa importância.

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Acredita-se que o ingresso do judô no Brasil tenha se dado por meio da imigração japonesa, no início do século XX. No entanto, embora haja rumores de que em 1903 já houvesse quem ensinasse a luta aqui no Brasil, a maioria das informações aponta para década de 20 como o período de introdução do judô no Brasil.

A graduação no judô tem duas grandes etapas chamadas Kyu e Dan. A etapa iniciante é o Kyu e se apresenta em ordem decrescente, representada pela cor expressa na faixa do kimono. Nesse sentido, a faixa branca é o 8º kyu, a faixa cinza é o 7º kyu, a faixa azul é o 6º kyu, a faixa amarela é o 5º kyu, a faixa laranja é o 4º kyu, a faixa verde é o 3º kyu, a faixa roxa é o 2º kyu e a faixa marron é o 1º kyu.

A segunda parte da graduação chama-se Dan que, ao contrário do kyu, é desenvolvido de modo crescente. Nesse momento, o praticante já passou pela introdução à luta e agora é o momento de se aperfeiçoar. São dez fases de dan: O primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto dan são representados pela faixa preta com, respectivamente, listras brancas que vão de uma a cinco, conforme o dan. A faixa branca e vermelha marca o sexto, sétimo e oitavo dan. E as duas maiores graduações – nono e décimo dan – são marcadas pelo uso da faixa vermelha.

Os fundamentos básicos centram-se em cinco categorias:

1. Postura corporal (shinsei) – Baseia-se em dois tipos: a postura normal do corpo e a postura defensiva (jigotai);

2. Movimentação do praticante no tatame (shintai) – Baseia-se em três tipos: andar de modo comum (ayumi-ashi), andar arrastando os pés (suri-ashi) e andar apenas com uma das pernas à frente, arrastando a outra (tsugi-aschi);

3. Giros do corpo (tai-sabaki) – São também três tipos: o giro para frente (mai-sabaki), giro para trás (ushiro-sabaki) e giro para os lados (yoko-sabaki);

4. Formas de pegadas (kumi-kata) – Podem ser feitas tanto do lado esquerdo (hidari) ou do direito (migui). Elas podem ser feitas na gola (eri), na manga (sode) e na calça (chitabaki). São proibidas as pegadas por dentro da manga e por dentro da barra da calça;

5. Amortecimento de quedas (ukemi) – Totalizam dez tipos, que se dividem em três tipos para trás, dois tipos para frente, três tipos para os lados e dois tipos de rolamento.

Palmas Judô Clube recebe troféu de campeã tocantinense em Bonenkai da Fejet

Após uma temporada impecável no cenário estadual, conseguindo chegar ao título de forma invicta, a equipe Palmas Judô Clube (PJC) recebeu da Federação de Judô do Estado do Tocantins (Fejet) o troféu de campeã do Campeonato Tocantinense de Judô 2016. A entrega do prêmio ocorreu no Bonenkai da Fejet, a cerimônia de premiação anual da Federação, realizada nesta última semana em Palmas, capital do Tocantins.

Vitoriosa nas sete etapas realizadas no estadual, a equipe PJC somou, ao longo do ano, 40.748 pontos. Na segunda colocação ficou a equipe Sesc, com 21.584 pontos; seguida da Judô Guerra/Sesi (17.322). O quarto lugar foi da Judô Araguaína/Aocam (10.992); já na quinta colocação ficou a Kodokan/Paraíso (6.386).

Além do título na temporada 2016, a equipe PJC também celebra o fato de ter 41 campeões gerais do ranking nas categorias nas quais disputaram o estadual de um total de 107 premiações neste quesito.

Novos faixas pretas

Outro motivo de festa no Dojô PJC é a recente promoção de quatro atletas para a condição de Shodan, ou seja, o judoca graduado com a faixa preta de 1º Dan. Os novos yudanshas da Palmas Judô Clube são Gabriel Lopes, Marcus Mesquita, Mayons Brito e Weliton Simões. Mais seis atletas de quatro outras associações também foram promovidos a Shodan, enquanto um Shodan alcançou o título de Nidan [faixa preta 2º Dan] no exame da Fejet.

2017 ainda melhor

Para o líder da PJC, Sensei Celso Galdino, as glórias alcançadas nesta temporada são um incentivo extra para que a equipe busque fazer um trabalho ainda melhor em 2017. “Desde 2004 atuo junto ao Judô do Tocantins, já colaborando com a Fejet na realização dos campeonatos e de outras atividades ligadas à modalidade. E há menos de dois anos eu fundei a Palmas Judô Clube, por meio da qual busco seguir promovendo o crescimento do nosso esporte e da qualidade de vida daqueles que o praticam. Poder viver todas estas experiências, tanto como colaborador do Judô tocantinense quanto como formador de atletas, é muito gratificante. Por isto, vou fazer desta felicidade que sinto um incentivo a mais para continuar este trabalho sério em 2017, lutando sempre por melhores resultados. E eu agradeço a cada um que depositou confiança na nossa equipe; aos pais que incentivam seus filhos e aos atletas que se esforçam para atingir as metas que traçamos; além de todos que nos apoiam nesta jornada, divulgando e ajudando a tornar viável a realização deste sonho que estamos alcançando após um ano de muita dedicação e com a graça de Deus. Muito obrigado a todos”, afirma o faixa preta 5º Dan.

Com informações do Brasil Escola e da Federação de Judô do Estado do Tocantins/ Fotos: Internet e Walisson Fernandes

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