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Juiz suspende punições contra delegados no Tocantins

Secretaria de Segurança Pública - Divulgação

A Polícia Civil cumpre na manhã desta sexta-feira (7) mandados de busca e apreensão no Palácio Araguaia, em Palmas. As investigações fazem parte da operação Catarse, iniciada pela Delegacia de Investigação Criminal (Deic) de Araguaína para investigar casos de funcionários fantasmas no governo do estado. Os mandados estão sendo cumpridos na Secretaria-Geral de Governo. No caso de duas servidoras investigadas, os prejuízos aos cofres públicos seriam de R$ 310 mil.

O governo informou que vem identificando e levantando informações sobre servidores que se encontram em situação de ausência no trabalho. Disse ainda que a operação da Polícia Civil colabora para o levantamento e vai instaurar procedimentos administrativos contra os servidores investigados. (Veja a nota completa no fim desta reportagem)

Um dos casos investigados é da enfermeira Alcyany Chaves de Melo Feitosa. O delegado José Anchielta informou que ela é concursada como enfermeira e trabalhava no Hospital Regional de Araguaína.

A servidora foi cedida para a Secretaria de Articulação Política em junho de 2017. Porém, desde então estaria estudando medicina em uma universidade de Ciudad Del Este, no Paraguai, e recebendo normalmente.

“Fizemos contato com a Interpol para que documentos da universidade fossem requisitados. Comprovou-se que ela está matriculada na faculdade e fazendo o curso regularmente. Além disso, vive postando nas redes sociais fotos no outro país em dias que deveria estar trabalhando.”

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Segundo o delegado, a jovem recebia em média R$ 4 mil por mês e o prejuízo aos cofres públicos neste caso foi de R$ 60 mil.

Alcyany Chaves é suspeita de ser servidora fantasma — Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Outro caso investigado pela Deic de Araguaína é da dona de um hotel de luxo em Araguaína. Kátia Borba Neves é concursada como farmacêutica, mas em 2016 foi cedida da Secretaria de Saúde para a Secretaria de governo. Desde então, vem recebendo sem exercera a função.

Nesta quinta-feira (7), mandados de busca e apreensão foram cumpridos no hotel e na casa da empresária. No caso dela, o prejuízo é estimado em R$ 250 mil.

O governo do Estado enviou a seguinte nota:

Desde que assumiu o executivo para um mandado tampão, a atual gestão instituiu um grupo de trabalho que está levantando toda a estrutura operacional e de servidores das diversas pastas do governo, visando uma diminuição da máquina pública.

Essa reestruturação já vem identificando e levantando informações sobre servidores que se encontram em situação de ausência no trabalho. Fruto da reestruturação, no caso da Secretaria de Governo, importante salientar que, ao assumir a gestão, a Secretaria contava com 1.020 servidores, atualmente 623 integram o quadro da Pasta.

O Governo ressalta que a operação da Polícia Civil colabora com o levantamento que vem sendo realizado pela gestão. Por ter a capacidade de investigação policial, o trabalho da Polícia acrescenta muitas informações ao que já vem sendo feito pelo Governo, no sentido de apontar esses servidores e tão logo termine o período de vedação da Lei Eleitoral serão instaurados os devidos procedimentos administrativos contra os servidores identificados.

O Governo do Tocantins reitera que colabora com as investigações e que qualquer servidor encontrado em desacordo com a lei responderá ao devido processo.

Dona de hotel é alvo de operação da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

fonte: G1 TO

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