Danilo Sandes foi assassinado em 2017, em Araguaína – Foto – Arquivo Pessoal
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, o Conselho Federal da OAB e a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Tocantins, em conjunto, acompanharão o júri do caso Danilo Sandes. O crime ocorreu em 2017 e as investigações da Polícia Civil concluíram que a motivação do crime decorreu de uma disputa por uma herança de R$ 7 milhões em que a vítima era o advogado da causa. O júri iniciou nessa terça-feira, 20, e continua esta quarta-feira, 21, em Araguaína.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Wlademir Costa, a Polícia Civil atuou de maneira célere na investigação do caso, apurando e evidenciando os fatos, identificando e prendendo os responsáveis. “Assim como a posição da OAB/TO, a Polícia Civil do Tocantins aguarda que o caso seja encerrado judicialmente dando uma resposta à sociedade e à família do advogado”, ressaltou.
O presidente da OAB/TO, Gedeon Pitaluga, ressaltou que a Ordem tem sido parceira da SSP-TO desde o início das investigações, cobrando e acompanhando o trabalho da Polícia Civil. “Matar um advogado por ele exercer a advocacia ganha contornos de barbárie, uma vez que ao exercer com ética sua profissão tomaram-lhe a vida. Neste momento a classe se une em busca de justiça”, destacou.
“ A forma como ocorreu o crime que vitimou o Advogado Danilo Sandes vitimou a todos nós Advogados , feriu também o livre exercício da Advocacia, e exige uma resposta do Poder Judiciário. A Advocacia não pode e jamais será silenciada pela violência”, disse o presidente da subseção de Araguaína, Davi Moraes.
“ O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ciente de suas obrigações legais e institucionais ofertou especial atenção ao caso envolvendo o advogado Danilo Sandes, da Subseção de Araguaína/TO, acompanhando todo o tramitar do processo, e, agora, atuando no plenário do júri, em respeito e comprometimento com o zelo e postura profissional do advogado, que merece o reconhecimento póstumo de sua atuação ética e proba, além de resposta à sociedade e a todos os advogados à consolidação da justiça”, destacou o representante da OAB Nacional, Stanley Paniago Pereira.
Da Polícia Civil do Tocantins, acompanham o julgamento do caso os delegados da PC-TO Guilherme Torres e Rerisson Macedo, os quais presidiram o inquérito policial na 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Araguaína.
A Comitiva da OAB/TO também estará mobilizada para acompanhar o caso composta pelo presidente Gedeon Pitaluga, do Presidente da Subseção Araguaína Davi Moraes, do representante do Conselho Federal da OAB Stalyn Paniago Ferreira, do advogado José Pinto Quezado presidente da Subseção de Araguaína na época da ocorrência do caso e atual Conselheiro Federal da OAB/TO, da procuradora-geral de Prerrogativas da OAB/TO Aurideia Loiola, e do Conselheiro da OAB/TO, Indiano Soares de Souza.
O caso
As investigações apontaram que Danilo se recusou a participar de uma fraude proposta pelo seu cliente apontado como o mandante do crime. O cliente que é empresário disputava uma herança de R$ 7 milhões e propôs que o advogado o ajudasse a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.
Fonte – Ascom OAB-TO