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Lee Iacocca, criador do lendário Mustang, morre nos EUA

Lee Iacocca, em imagem em 13 de abril de 2011 — Foto: Timothy A. Clary / AFP Photo

Criador do lendário Ford Mustang, Lee Iacocca morreu nesta terça-feira (2) nos Estados Unidos. Um dos mais importantes nomes da indústria automobilística tinha 94 anos.

De acordo com a família, ele teve complicações decorrentes do mal de Parkinson e morreu em sua casa, em Bel Air, na Califórnia.

Além de inventar o Mustang, Iacocca foi responsável por reerguer a Chrysler, uma gigante que na década de 1980 estava à beira da falência.

Lido Anthony Iacocca nasceu em 1924 em Allentown, na Pennsylvania. Filho de um imigrante italiano vendedor de cachorro-quente, mudou seu primeiro nome para Lee.

Lee Iacocca em 2004 — Foto: Paul Hawthorne / Getty Images / AFP Photo

Iacocca dirigiu a Ford Motor e depois a Chrysler, e ajudou a dar a Detroit a fama de cidade dos automóveis nos EUA.

Ele se juntou à Ford como engenheiro em 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial — da qual se livrou por conta de uma febre reumática. Apesar de ter cursado engenharia industrial na prestigiada Universidade de Princenton, Iacocca logo ficou entediado com um emprego na área e pediu transferência para a divisão de vendas.

Nos dez anos seguintes, Iacocca se dedicou às vendas na área da Filadélfia até que, em 1956, concebeu e executou uma campanha de marketing bem-sucedida que chamou a atenção do então vice-presidente da Ford, Robert S. McNamara, que depois seria chefe do Pentágono e diretor do Banco Mundial. Aprendeu a ser um executivo e sucedeu o próprio McNamara na vice-presidência da Ford em 1960.

Em 1964 lançou o Mustang, carro esportivo histórico.

Ford Mustang (1ª geração) — Foto: Rodrigo Mora / G1

Ford Mustang (1ª geração) — Foto: Rodrigo Mora/G1

Foi demitido em 1987, por Henry Ford II, neto do fundador da empresa. Assumiu a Chrysler, então em crise, e recuperou a montadora.

Em 1992, Iacocca deixou o comando da Chrysler. Aposentado, investiu em bicicletas elétricas, azeite e pesquisas sobre diabetes.

Iacocca não economizava. Viajava em jato particular, hospedava-se em hotéis caros e frequentava festas com Frank Sinatra.

Seu livro “Iacocca: uma autobiografia”, de 1984, tornou-se um best seller após vender 6,5 milhões de exemplares.

Em 1980, o então presidente da Chrysler, Lee Iacocca — Foto: Dale Atkins / Arquivo / AP Photo

A Fiat Chrysler emitiu um comunicado após a morte de Iacocca:

“A companhia lamenta a notícia da morte de Lee Iacocca. Ele desempenhou um papel histórico na direção da Chrysler em seu período de crise, tornando-a uma verdadeira força competitiva. Ele foi um dos grandes líderes de nossa empresa e da indústria automobilística como um todo. Ele também desempenhou um papel profundo e incansável no cenário nacional como estadista de negócios e filantropo.

Lee nos deu uma mentalidade que nos motiva até hoje — que é caracterizada pelo trabalho duro, dedicação e coragem. Estamos comprometidos em garantir que a Chrysler, agora FCA, seja uma empresa desse tipo, um exemplo de compromisso e respeito, conhecido pela excelência e também por sua contribuição para a sociedade. Seu legado é a resiliência e fé inabalável no futuro com os quais vivem os homens e mulheres da FCA que lutam todos os dias para viver de acordo com os altos padrões por ele estabelecidos”.

Fonte: G1

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