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Letalidade e vitimização policial apresentam alta no país; Veja os dados do Tocantins

Foto: Arquivo Pessoal

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Ao menos sete pessoas foram mortas por policiais no primeiro semestre deste ano no Tocantins. O número é 40% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados cinco mortes.

Os casos de policiais que morreram em serviço o fora de serviço são iguais. Foram dois policiais mortos no primeiro semestre de 2019, e dois no primeiro semestre de 2020.

Conforme o levantamento, o Tocantins está entre os seis estados com maior vitimização policial, com uma taxa de 0,4 em 1 mil policiais. O Estado fica empatado com Roraima, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, que perdem apenas para o Rio de Janeiro, com uma taxa de 0,5.

O número de policiais mortos em serviço e fora de serviço aumentou no primeiro semestre de 2020 — Foto: Juliane Souza/G1

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Caso sargento Deusdete

Em um confronto entre a Polícia Militar e uma quadrilha resultou na morte do sargento Deusdete Américo Gama e quatro suspeitos, em 1º de novembro de 2019. Ele fazia parte de uma operação na região de Pequizeiro que começou com objetivo de localizar o grupo suspeito de tentar assaltar um carro-forte e de explodir a agência bancária da cidade.

O policial chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital de Araguacema.

Números nacionais

Em todo o país, foram 3.148 pessoas mortas por policiais no primeiro semestre deste ano. O número é 7% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 2.934 mortes.

Os casos de policiais que morreram em serviço e fora de serviço também apresentaram alta nos primeiros seis meses deste ano. Foram 103 policiais mortos, contra 83 no ano passado, o que representa um aumento de 24%.

Os dados, inéditos, fazem parte de um levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais do Tocantins.

Foram solicitados os casos de “confrontos com civis ou lesões não naturais com intencionalidade” envolvendo policiais na ativa. Os pedidos foram feitos para as secretarias da Segurança Pública dos estados por meio da Lei de Acesso à Informação e das assessorias de imprensa.

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