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Levantamento aponta que em um ano 186 mil tocantinenses foram vítimas de algum tipo de violência

Violência sexual contra mulheres não se materializa só com o estupro - Foto - Lauane dos Santos

Violência sexual contra mulheres não se materializa só com o estupro – Foto – Lauane dos Santos

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde aponta que no período de um ano, 186 mil tocantinenses relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência. Os casos incluem situações que caracterizam violência psicológica, física ou sexual. O número representa 16,6% do total da população do Estado.

A pesquisa foi aplicada em 2019, mas só foi divulgada agora porque a totalização dos dados deste tipo de levantamento costuma levar muito tempo. As perguntas são sempre direcionadas aos 12 meses anteriores a data em que o a pesquisa foi feita.

O levantamento ainda apresenta o perfil das vítimas. No Tocantins, os mais atingidos pela violência são as mulheres, os jovens, as pessoas brancas e a população de menor rendimento.

O percentual de mulheres que sofreram violência é de 18,4%, já entre os homens o índice diminui para 14,8%. Entre jovens de 18 a 29 anos, o percentual chega a 23,5%, enquanto é de 20% na faixa de 30 a 39 anos; 14,1% entre os adultos de 40 a 59 anos e 9,1% entre os de 60 anos ou mais.

As pessoas que se declararam brancas (18%) sofreram mais com a violência do que as pessoas pardas (16,8%) e pretas (15%). A mesma tendência ocorreu com a população com menor rendimento per capita (sem rendimento ou até 1/4 do salário-mínimo), em comparação com a de maior rendimento (mais de 5 salários-mínimos), os índices foram de 23,9% e 5,5%, respectivamente.

O IBGE destacou que não é possível fazer uma correlação entre pobreza e violência, uma vez que há fatores como cultura, machismo e racismo envolvidos no contexto familiar. O percentual do Tocantins é menor que o do Brasil, já que no país o número chega a 18,3%. Ao contrário do que foi constatado no estado, a média nacional aponta que pessoas declaradas pretas e pardas, sofreram mais que as brancas.

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