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Levantamento mostra que gasolina subiu pela 2ª semana seguida e atinge novo recorde nos postos

Foto – Marcelo Brandt

O preço da gasolina subiu pela segunda semana seguida e atingiu novo recorde nos postos de combustíveis, mostram os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço médio do litro da gasolina no país ficou em R$ 7,270 na semana entre os dias 17 e 23 de abril, o que representa uma alta de 0,70% em relação a semana anterior. Trata-se do maior valor nominal pago pelos consumidores desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.

maior preço encontrado nos mais de 5 mil postos pesquisados foi de R$ 8,599 o litro. Até então, a máxima encontrada pela pesquisa tinha sido de R$ 8,499 o litro. O menor valor encontrado foi R$ 6,190.

O etanol e o diesel também subiram nas bombas. Veja gráfico abaixo:

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A disparada dos preços dos combustíveis ocorre em meio à forte alta nos preços internacionais do petróleo após a Rússia ter invadido a Ucrânia, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia.

Desde 2016, a Petrobras adotou o chamado PPI (Preço de Paridade de Importação), após anos praticando preços controlados, sobretudo no governo Dilma Rousseff. O controle de preços era uma forma de mitigar a inflação, mas causou grandes prejuízos à petroleira.

Pela política de preços atual, os preços cobrados nas refinarias se orientam pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.

Etanol e Diesel

O preço médio do litro do etanol aumentou 4,8% nos postos do país entre 17 e 23 de abril, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (26) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O litro do combustível foi de R$ 5,241 a R$ 5,496 no período, uma alta de 4,8%.

Problemas envolvendo a colheita da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do etanol, pressionaram a alta de preços, segundo especialistas.

A gasolina, por sua vez, registrou uma alta de 0,70% na semana passada. O preço médio do combustível passou de R$ 7,219 para R$ 7,270 entre 17 e 23 de abril – o mais alto da série histórica da ANP.

O preço médio do diesel também subiu no intervalo: foi de R$ 6,587 a R$ 6,600, o que representa uma alta de 0,3%.

O preço do gás de cozinha de 13 kg, por sua vez, passou de R$ 113,54 para R$ 113,24 (-0,26%).

Novo presidente da Petrobras

 

José Mauro Ferreira Coelho é o novo presidente da Petrobras — Foto: André Ribeiro / Agência Petrobras

José Mauro Ferreira Coelho tomou posse como presidente da Petrobras no dia 14 de abril. O executivo cumpre mandato de um ano e ocupa o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio aos reajustes dos preços dos combustíveis.

Ferreira Coelho não endereçou diretamente a questão da política de preços da Petrobras, mas sinalizou que pretende manter o “modelo de gestão” adotado desde 2017 com melhorias na “comunicação da empresa” sobre suas ações.

A menção de Coelho à redução da dívida, contudo, está vinculada à política de preços. Ainda na gestão de Pedro Parente, a empresa adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

Com o dólar em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde o ano passado, essa tem sido a principal injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil. Os seguidos reajustes, apesar de auxiliarem o caixa da empresa, foram as principais motivações para a troca de Silva e Luna e de seu antecessor, o economista Roberto Castello Branco.

Política de preços

É a segunda vez que Bolsonaro mexe na presidência da empresa por insatisfação com a política de preços para os combustíveis. Silva e Luna havia substituído o economista Roberto Castello Branco, que também sofreu pressão do governo federal por conta dos reajustes do diesel e da gasolina.

Desde 2016, ainda na gestão de Pedro Parente, a Petrobras adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

A alta dos preços do petróleo no mercado internacional e o real ainda em patamares relevantes de desvalorização em relação ao dólar fizeram dos combustíveis motores importantes da inflação brasileira. De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou por diversas vezes a operação e o lucro da Petrobras.

Fonte – G1

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