Ícone do site Gazeta do Cerrado

Líder de articulação camponesa é espancado em assentamento no TO e pastoral repudia; Agressores seriam pistoleiros

Barra do Ouro – Foto -Divulgação

Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado

Valdinez Pereira dos Santos, liderança da Articulação Camponesa de Luta e Defesa pelos Territórios no Tocantins, foi espancado por cerca de 10 homens no inicio desta semana, próximo do Assentamento Gleba Tauá, em Barra do Ouro, norte do Estado.

O líder recebeu vários socos e coronhadas tanto na cabeça, como no rosto. Mesmo ferido, a vítima conseguiu fugir para o Povoado Morro Grande, onde foi socorrido por moradores e levado para uma unidade hospitalar.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra em nota encaminhada nesta quarta-feira, 18, à Gazeta do Cerrado,  os autores das agressões seriam pistoleiros e estariam a mando de um fazendeiro na região conhecido como grileiro Pedro Amaro.

Pedro teria dito para que os agressores ‘limpassem’ a Gleba Tauá.

A região da Gleba Tauá é disputada por cerca de 60 famílias (posseiros, nascidos e criados, além de ocupantes no local desde 2012) e conforme a Comissão, a área é comprovadamente pública.

“Acontece que trata-se de uma área comprovadamente pública: assim o demonstra a certidão de inteiro teor do imóvel, sendo aguardada ainda uma decisão da Justiça Federal quanto à competência”, diz trecho da nota.

De novembro de 2022, quando outro morador do local foi espancado,  até o momento, cerca de 27 boletins de ocorrência foram registrados, afirmou a Pastoral.

A Comissão disse por fim que, apesar dos registros, nada foi feito pelas autoridades para inibir possíveis futuras agressões.

Nossa equipe entrou em contato com a Polícia Militar e Secretaria de Segurança Pública para comentar o assunto.

A SSP em nota respondeu que com relação ao suposto crime cometido no último dia 17, a Polícia Civil do Tocantins instaurou inquérito a fim de esclarecer os fatos, sendo que as investigações já tiveram início. Mais informações serão repassadas em tempo oportuno.

A PM não retornou nossa solicitação.

Veja nota na íntegra

NOTA TAUÁ

 

Sair da versão mobile