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Luke, o border collie bilíngue, domina o pastoreio de rebanhos no coração do Tocantins

Cão bilíngue trabalha em fazenda do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Na pacata paisagem rural de uma fazenda no interior do Tocantins, um talentoso cão de trabalho está se destacando pela sua habilidade excepcional. Luke, um border collie, está sendo treinado para o pastoreio de rebanhos, e o que o torna ainda mais especial é o fato de ser bilíngue.

Sob a orientação do adestrador Fernando Santana, Luke responde a comandos tanto em português quanto em inglês, mostrando uma destreza notável ao conduzir o rebanho com precisão e eficiência. Com palavras como “sair”, “voltar”, “correr” e “começar”, ditas em inglês, ele inicia sua rotina de trabalho diária.

De acordo com Santana, o uso de comandos em inglês oferece uma vantagem na distinção das palavras para o cão. Enquanto “esquerda” e “direita” podem soar semelhantes para o animal, “all way” e “come by” são distintos, tornando o processo de implementação do comando mais eficaz.

Os olhos vigilantes de Luke estão fixos no rebanho, e suas orelhas voltadas para trás demonstram que ele está aguardando o próximo comando. A atividade, conhecida como pastoreio, é uma característica intrínseca da raça border collie, que se destaca nessa tarefa com maestria.

No entanto, ser apenas da raça não é suficiente; é necessário possuir a genética e o instinto de trabalho adequados. O rebanho responde muito melhor ao cão do que a uma pessoa, pois o cachorro é visto como uma ameaça por eles.

É uma harmonização perfeita entre a natureza e a técnica de manejo. Embora a raça seja originalmente criada para pastorear ovelhas, no Brasil, ela trabalha com diversos tipos de rebanhos. Lidar com o gado pode ser mais desafiador, mas Luke não se intimida.

Após seis meses de treinamento intensivo, o cão é capaz de auxiliar na guarda do rebanho. Luke percorreu quase 20 quilômetros, demonstrando sua resistência mesmo sob o intenso calor tocantinense. Em uma pausa merecida, ele aproveita para se refrescar em uma bacia de água.

Tokio é outra cadelinha adestrada por Fernando. Ela é ágil, precisa e eficiente em seus movimentos, capaz de manter o rebanho reunido ou guiá-lo para qualquer lugar. A cadela também está em processo de treinamento, mostrando a dedicação contínua do adestrador.

Após um ano de treinamento, os cães estão prontos para trabalhar por mais uma década. “Não há situação em que o border collie de pastoreio esteja mais feliz do que durante o pastoreio. É o ápice da vida desse cachorro”, comentou o adestrador com entusiasmo.

Com informações da TV Anhanguera

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