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Mãe é presa após denúncia de ter construído quarto para companheiro estuprar enteada

Menina de 12 anos foi estuprada - Reprodução Google Imagens

Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

Uma mulher de 40 anos foi presa em Tocantinópolis, região norte do Tocantins, suspeita de ter construído um quarto para que o companheiro, Willian Torres de Oliveira, pudesse abusar da filha, uma adolescente de 13 anos.

Segundo as informações da Polícia Civil, o suspeito é 20 anos mais velho que a vítima e teria contado que não estuprou a enteada mas que eles possuem um relacionamento há pouco mais de um ano.  As investigações tiveram início, quando uma denuncia anônima avisou que Oliveira estava com uma arma de fogo e teria cometido o abuso contra a adolescente.

O delegado responsável pelo caso, Tiago Daniel de Moraes e a delegada Regional da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, Lívia Rafaela Almeida Vasconcelos, realizaram a prisão dos suspeitos.

Durante uma ação de busca e apreensão na casa dos suspeitos, uma arma foi encontrada e ambos foram levados para a delegacia, onde Willian disse que na verdade, não estava estuprando a enteada e sim namorando com ela desde os 12 anos de idade e que a mãe era testemunha, já que eles se gostavam.

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Ao ser ouvida, a mãe da menor, Ana Lúcia, teria dito que realmente tinha conhecimento do relacionamento amoroso de Willian com a filha e que torcia para que se casassem e tivessem filhos “pois ele era um homem muito bom”. Durante o depoimento, a mãe teria dito também que até construiu um quarto na casa para que eles pudessem namorar mais tranquilamente.

A menor que também foi ouvida, contou uma versão diferente da mãe e do possível autor, dizendo que não consentia com os atos, mas a polícia lembrou que mesmo havendo consentimento, seria crime em virtude da idade da vítima.

Um levantamento realizado pela Gazeta do Cerrado mostrou que esse tipo de crime está se agravando no estado do Tocantins. São quase 9 mil estupros ou abusos cometidos em 10 anos.

Os abusos são cometidos em grande maioria por familiares, amigos ou conhecidos da família das vítimas ou desconhecidos. Além disso, os que mais sofrem são menores de até cinco anos e adolescentes até os 13.

Após os procedimentos, os dois indivíduos foram encaminhados para uma cadeia onde vão permanecer à disposição do judiciário até que as investigações sejam finalizadas.

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