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Mãe está refugiada em hospital com filhas há uma semana após criança contar na escola que era estuprada pelo padrasto

Foto: MPE/Divulgação

Uma mãe e suas duas filhas, de 11 e nove anos, estão há uma semana se refugiando dentro do Hospital de Pequeno Porte de Natividade, no sudeste do Tocantins. A mulher saiu de casa após descobrir que a filha mais velha estaria sendo estuprada pelo companheiro há vários anos. Elas estão em uma sala destinada para pacientes e não têm para onde ir.

O caso foi descoberto no início de junho depois que a criança mais velha contou na escola que era abusada pelo padrasto desde os cinco anos de idade e tinha medo de ficar em casa durante o período de férias. O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e a mãe foi levada à delegacia da Polícia Civil em Dianópolis, junto com a filha, para registrar o caso. Desde então, a mulher ficou com medo de voltar para casa. Elas viviam com o homem em imóvel cedido, em uma fazenda.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que abriu inquérito para apurar o caso de estupro, que tem o padrasto das crianças como principal suspeito. Ele teve a prisão temporária negada pela Justiça e conforme a polícia não foi mais visto após o registro da ocorrência, inclusive abandonou seu posto de trabalho. (Veja a nota completa abaixo)

Nesta segunda-feira (10), a promotoria de Justiça de Natividade entrou com um pedido na Justiça para que a Prefeitura de Natividade pague aluguel social para a família. O jornalista Lailton Costa, do Jornal do Tocantins, teve acesso ao documento, que também foi confirmado pelo g1.

O relato que consta no pedido diz que as conselheiras procuraram a primeira-dama de Natividade, Ana Lívia, buscando um local para abrigar a família e foram orientadas a levadas para o hospital. A família está no local desde o dia 4 de julho.

“No momento, […] e as duas crianças, sendo uma de 11 e a outra de 9 anos, encontram-se abrigadas dentro do Hospital de Pequeno Porte de Natividade, em uma sala destinada a pacientes, local este insalubre e inapropriado para abrigar pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social”, diz trecho do documento assinado pelo promotor Eurico Greco Puppio.

O prefeito de Natividade Thiago Jayme (PP) foi procurado diversas vezes, mas não atendeu as ligações. Ao JTo, ele disse que o município não dispõe do benefício de aluguel social e aguarda uma ordem judicial para custear essa despesa. Ele também teria ofertado pagar as despesas da família para irem para casa de parentes em outra cidade, mas a mulher teria recusado.

O que diz a Secretaria de Segurança Pública

 

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins esclarece que na última terça-feira, 4, policiais militares de Natividade conduziram uma mulher até a Central de Atendimento da Polícia Civil de Dianópolis para registrar um caso de estupro de vulnerável cometido contra uma de suas filhas, sendo o principal suspeito, o padrasto das crianças.

A delegada plantonista instaurou um inquérito policial e fez a representação pela prisão temporária do suspeito, que foi indeferida pela Justiça por entender que não havia elementos de que o mesmo poderia atrapalhar as investigações.

Conforme apurado pela delegacia local, o suposto autor não foi mais visto após o registro da ocorrência, tendo abandonado inclusive o seu posto de trabalho.

Pelo estado de vulnerabilidade da família, a autoridade policial está acionando as autoridades competentes para prestar o auxílio social à mãe e às crianças

Fonte – G1 Tocantins

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