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“A saúde começa pela boca”. Esta frase tantas vezes repetida revela o quão fundamental é ter um acompanhamento da saúde bucal com um olhar integrado. A boca é a porta de entrada para o aparelho digestivo e está diretamente conectada a todo o sistema imunológico. Daí a importância de manter os cuidados e as consultas regulares ao dentista para identificar qualquer situação atípica.
De acordo com o coordenador técnico da Clínica Odontológica Omint, Marcus Amaral manchas e placas brancas ou avermelhadas, feridas que não cicatrizam em até 15 dias, nódulos no pescoço, sangramentos e dificuldade para engolir ou falar são ocorrências que devem acender o sinal de alerta.
“Esses são apenas alguns dos sinais e sintomas que podem sugerir o diagnóstico de câncer de boca, e que são possíveis de serem detectados pelo dentista, nas consultas preventivas”, explica Amaral “A recomendação é que as visitas ocorram a cada seis meses. Contudo, cada paciente é avaliado individualmente e recebe uma orientação específica para o acompanhamento”.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o problema é mais comum em homens acima dos 40 anos. A estimativa para 2022 é de 11.180 casos em homens e de 4.010 em mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 10,69 casos novos a cada 100 mil homens e 3,71 para cada 100 mil mulheres. O desafio, assim como em outros tipos de câncer, é o diagnóstico rápido e assertivo.
“O câncer de boca tem cura quando diagnosticado precocemente. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de recuperação. Quando descoberto no início, o tumor pode ser retirado em cirurgias menos invasivas”, alerta o especialista.
Grupos de risco
A recomendação é que todos criem o hábito regular de frequentar o dentista. “Contudo, os fumantes e aqueles que consomem bebida alcoólica em excesso estão mais propensos a desenvolver lesões que podem causar câncer bucal.
Para pacientes diabéticos, aqueles com alguma doença cardiovascular e pacientes em tratamento para osteoporose, a recomendação é o acompanhamento para manter a saúde bucal adequada. Em qualquer situação, em uma consulta que se observa e detecta alguma anormalidade, o dentista pode e deve solicitar uma biópsia para uma avaliação mais criteriosa”, explica Amaral.
Outras doenças como o HPV, também podem ser detectadas nas consultas periódicas.
Autoexame é fácil e deve ser feito todo mês
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) recomenda a realização mensal do autoexame bucal. O procedimento é simples: com a boca bem aberta em frente ao espelho, em ambiente bem iluminado, deve-se afastar a bochecha com o cabo de uma colher, levantar a língua e verificar todas as regiões internas. A procura deve ser por manchas brancas ou avermelhadas, feridas ou caroços.
O exame precisa se estender ao pescoço, observando a ocorrência de nódulos fixos. “É normal ter ínguas nessa região, mas se notar que há um nódulo duro e fixo, é mandatório procurar atendimento especializado”, alerta Marcus.
Fonte – Assessoria Omint Saúde e Seguros