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“Mal estar”: Eduardo Siqueira avalia apoio ao Senado e diz que não terá posição dúbia

Maria José Cotrim

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas está em São Paulo e só retorna nesta quinta-feira, 30. Ele cumpre agenda institucional. Nos bastidores, aliados do grupo de Mauro Carlesse estão na expectativa que ele possa pensar melhor com relação ao apoio ao candidato ao Senado, Irajá Abreu (PSD) que é do grupo adversário. Dimas apóia Eduardo Gomes e Irajá após  toda uma expectativa por um apoio á chapa completa para o Senado.

Halum é um candidato da cidade de Araguaína e também foi pego de surpresa pelo anúncio de Dimas de que estava com Irajá para uma das duas vagas ao Senado. Integrantes do grupo viram o apoio de Dimas como uma medida para fortalecer a candidatura de seu filho, Tiago Dimas que disputa uma das oito vagas á Câmara Federal. A adesão a Irajá envolveria ainda novos colégios eleitorais para o candidato.

Aliados vão tentar uma conversa com Dimas quando ele voltar e temem inclusive que esta postura dele possa resultar em outros apoios trocados.

Grupo avalia

 Ouvido pela Gazeta do Cerrado, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos do Democratas “ Em relação ao segundo voto é preciso aguardar o posicionamento do grupo como um todo com relação ao fato e até a reação dos outros companheiros. Desde 1988 até agora nunca saracutiei ou passeei por palanques diferentes”, disse. Eduardo tem uma ligação forte com Dimas. Ele disse que terá uma posição clara e transparente sobre o segundo voto. Ele é considerado articulador político e tem o pai como suplente de Eduardo Gomes. “É cedo para uma resposta mas não trabalharei com postura dúbia”, disse. 

(Foto: Benhur de Souza)

 

Eduardo indicou Dimas como secretário das Cidades na gestão de Siqueira e sempre apoiou as eleições dele em Araguaína.  

 

“Não conversei com o Ronaldo após este fato e com toda certeza não tenho posições duvidosas e me permito faze-lo de forma aberta”, disse. Ele citou que os prefeitos que o apóiam são de várias regiões do Estado e que tem uma base em 60 cidades. O grupo dele tem 100 vereadores, segundo ele.

 

“Não posso simplesmente tomar esta decisão sozinho, vou dar um pouco de tempo a tempo e tomar uma posição pública clara com relação aos fatos ocorridos”, disse. Segundo ele o Ronaldo tem suas razões. Ele defendeu que César Halum busque a recomposição com o grupo que gravita em torno do Dimas.

 

A Gazeta apurou que muitos líderes que apoiam Eduardo também estão com Irajá. “Aceito a posição dos líderes sem quebrar a espinha dorsal desse apoio desde que apoiem o governador Carlesse. Aqui e lá encontramos alguma questão pessoal e composições que envolvem um candidato a nossa base mas que nem sempre envolvem outro, trabalhamos pela unidade mas nem sempre ela é conquistada na plenitude.”, disse.

 

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