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Mandante e executores são condenados por crime bárbaro sob intensa tortura; Penas somam mais de 60 anos

 

Em sessão do Tribunal do Júri realizada em Arraias, os jurados acolheram as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e condenaram quatro réus, sendo um mandante e três executores, acusados de matar Daniel de Moura Borges. O crime repercutiu pela barbaridade, já que envolveu uma tortura intensa à vítima, consistente na mutilação de partes do seu corpo.

Na sessão, o membro do MPTO relatou aos jurados as circunstâncias do crime, que aconteceu na zona rural de Conceição do Tocantins, em maio de 2022. O mandante, Rafael Ferreira da Silva, agiu por vingança, porque a vítima tinha mantido um relacionamento amoroso com a ex-esposa dele. Por isso, contratou três executores e encomendou o homicídio, impondo que Daniel fosse morto sob tortura. O crime foi executado mediante pagamento.

Os executores encontraram Daniel à noite, dirigindo-se para a fazenda onde morava. Então, o atacaram de surpresa e desferiram tiros e pauladas contra ele, além de torturá-lo e mutilá-lo. Em seguida, levaram seu corpo para um local ermo.

A tese de acusação, sustentada pelo representante do Ministério Público do Tocantins e acatada pelos jurados, foi de homicídio triplamente qualificado, praticado mediante paga ou promessa de recompensa, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, associado ao crime de ocultação de cadáver.

O mandante, Rafael Ferreira da Silva, foi condenado à pena de 23 anos de reclusão. Os executores foram condenados às seguintes penas: João Carlos Cardoso Teixeira, 23 anos de reclusão; Ronan de Souza Bispo, 23 anos de reclusão; e Paulo Bispo da Trindade, 17 anos de reclusão.

Os réus encontram-se presos na Unidade Penal de Arraias e cumprirão suas penas em regime inicialmente fechado. A sessão do Tribunal do Júri aconteceu no último dia 10.

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