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“Maria Júlia é um milagre”, diz mãe de bebê araguainense que passou por sete cirurgias e luta contra doença sem cura

Pequena Maria Júlia tem uma história que é sinônimo de esperança – Foto – Marcos Sandes/Prefeitura de Araguaína

Conheça a  história de uma menina que desde o nascimento é um exemplo de força e coragem. Filha da professora Patricya Borges e do construtor Marlon Borges, Maria Júlia nasceu em 2021 de forma prematura, com 26 semanas (seis meses), segue lutando pela vida desde o diagnóstico de hidrocefalia.

“Maria Júlia é um milagre. Ela foi desospitalizada do HMA por nossa equipe. Além de nascer prematura e ter tido uma parada cardiorrespiratória, com um mês de vida foi diagnosticada com meningite e posteriormente veio o diagnóstico de hidrocefalia”, explicou a coordenadora do SAD (Serviço de Atenção Domiciliar), Kamylla Rocha.

A doença congênita é caracterizada pelo acúmulo de líquido na cabeça, que no caso de Maria, foi constatado após ela sofrer uma infecção por meningite.

Esperança

A mãe conta que tudo começou por volta das 20 semanas de gestão (quinto mês). Ela começou a sofrer alterações na pressão arterial e, quando estava com 26 semanas, sofreu pré-eclâmpsia, condição considerada grave, em que a pressão alta na gravidez diminui o fluxo de sangue para o bebê.

“O parto da Maria Júlia foi induzido, os médicos disseram que ela não iria aguentar, pois além de nascer prematura, ela também teve uma parada cardiorespiratória”, contou Patricya.

Maria Júlia nasceu no Hospital Dom Orione, no dia 29 de setembro de 2021, às 9h20, com apenas 1,120 kg, de um parto cesáreo. Devido às complicações, ela ficou internada na UTI (unidade de terapia intensiva), depois foi transferida para a UTI do HMA- Hospital Municipal de Araguaína.

Dias difíceis 

Durante os sete meses que passou hospitalizada, a criança passou por seis cirurgias de troca de válvula, e teve uma segunda parada cardiorespiratória. A pequena araguainense também sofreu inúmeras crises convulsivas e dificuldade de extubação, até os médicos já estavam desacreditados que ela iria sobreviver.

Apoio à família

Após receber alta do Hospital Municipal, Maria Júlia foi para casa e passou a ser acompanhada pelo SAD. O serviço fornece cilindros de oxigênio, realiza visita durante a semana e, com uma equipe multidisciplinar, auxilia a família sobre o ajuste de medicação, renovação das receitas, laudos e orientações para seguir com o cuidado diário.

“Nossa equipe conseguiu trazê-la para casa no conforto da família e oferecer todo suporte necessário”, ressaltou a coordenadora.

Primeiro aniversário

No mês passado, no dia 29, o SAD preparou uma linda surpresa para celebrar a vida de Maria Júlia. Com balões, bolo e presentes, a equipe foi até a casa da família fazer a homenagem, momento de muita alegria e emoção.

“A nossa equipe não poderia deixar de comemorar com ela essa data tão especial. Foi um ano difícil, de muitas batalhas, mas foi de vitória também”, destacou Kamylla.

A luta continua

Em casa, Maria Júlia recebe carinho e cuidado integral da família, tanto que o berço ficou no quarto ao lado da cama dos pais. Com olhar atento, Patricya dedica sua vida para cuidar da filha.

“A minha filha é a minha força. Se não fosse a atenção e cuidado que recebemos do SAD, a Maria Júlia não estaria mais aqui, porque os médicos disseram que ela não iria aguentar. Não sabemos quanto tempo de vida ela ainda tem, mas enquanto estiver aqui, ela será amada”, concluiu a mãe.

Fonte – Secom Araguaína

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