A Marinha do Brasil vai abrir inquérito para apurar o que causou o naufrágio de uma embarcação no lago de Palmas. A canoa transportava passageiros da Ilha do Canela para a praia da Graciosa quando virou após uma marola, no último sábado (22). Dez passageiros estavam no local, mas não ficaram feridos. Parte das pessoas foi socorrida por um homem que passava pelo local de moto aquática.
A Marinha, representada no Tocantins pela Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, informou que o inquérito também vai investigar as responsabilidades.
A fotógrafa Raquel Carneiro estava no barco. Ela e mais nove pessoas retornavam da Ilha do Canela, que fica a 3 km distante da margem. “Estava entrando muita água no barco e o pessoal foi começando a desesperar. Quando a gente viu, a frente do barco estava toda dentro da água. Aí ele falou: ‘Vocês podem pular, porque vai afundar o barco’. E nós pulamos”.
O comerciante Leandro Ferreira estava em outro barco. Ao ver que o piloto da embarcação não iria ajudar, decidiu pular e salvar os amigos. “Virei as costas, voltei nadando até onde eles estavam para ajudar a prestar socorro, até porque estávamos com visita de fora. Na minha consciência, não tinha como deixá-los sozinhos”.
O comandante da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, Glaucio Nerildo, disse que duas equipes faziam fiscalização no lago no último sábado. Ele explicou ainda que o barqueiro é responsável pelos equipamentos de segurança e que antes de fazer a travessia, deve avaliar a situação do lago para evitar naufrágios ou outros acidentes.
É comum nos fins de semana e feriados aumentar o fluxo de visitantes na praia da Graciosa, que costumam usar flutuantes ou contratam os barcos para fazer a travessia para as ilhas. Segundo os barqueiros, por dia nos fins de semana, eles chegam a transportar cerca de 100 pessoas.