Cloroquina -Foto – Reuters
Cerca de 25 mil comprimidos de cloroquina, medicamento ineficaz, ou seja, que não funciona no tratamento contra a Covid, foram distribuídos para quase 50 municípios tocantinenses desde o início da Pandemia.
Um memorando que Governo do Tocantins encaminhou um à CPI da Covid-19, mostra quais cidades receberam a medicação. Os documentos foram divulgados em primeira mão pelo jornalista Lailton Costa, do Jornal do Tocantins.
O arquivo que foi encaminhado para a CPI é do dia de 15 de junho e três profissionais da Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO) assinam o documento.
O número exato de comprimidos de difosfato de cloroquina distribuídos entre maio de 2020 e o período atual é de 25.190, sendo que eles foram enviados para as quase 50 cidades. A quantidade poderia ter sido ainda maior, já que de acordo com o memorando, inicialmente as prefeituras solicitaram para a assistência farmacêutica 47.792 comprimidos do tipo. O documento não especifica o motivo de parte dos pedidos não ter sido atendido.
Também está especificado no documento que os comprimidos eram usados no tratamento da Covid-19, mesmo sem ter eficiência comprovada contra a doença.
Veja o que diz o Estado sobre o assunto
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que, os comprimidos de cloroquina distribuídos aos municípios tocantinenses, foram encaminhados ao Estado pelo Ministério da Saúde (MS), a SES não comprou os medicamentos.
Os comprimidos de Cloroquina 150 mg encaminhados pelo MS, no início da pandemia, foram distribuídos por meio da Assistência Farmacêutica Estadual, para os serviços que compõem a Rede de Média e Alta Complexidade do Estado do Tocantins (hospitais regionais). Os medicamentos recebidos tinham o intuito de atender uma sugestão do Ministério da Saúde como terapia adjuvante no tratamento de pacientes internados com infecção pelo novo Coronavírus, considerando as diretrizes para diagnóstico e tratamento da Covid-19 publicadas pelo MS.
A SES explica que, a partir do mês de outubro de 2020, as unidades hospitalares sob gestão do Estado interromperam a solicitação do medicamento na Assistência Farmacêutica Estadual.
A Secretaria de Estado da Saúde explica ainda que iniciou a distribuição do medicamento a nível ambulatorial, para secretarias municipais de saúde, após a pactuação dos municípios na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A distribuição às secretarias considerou às orientações do MS para manuseio medicamento precoce para pacientes com diagnóstico da Covid-19. Ressaltamos que, os comprimidos encaminhados foram solicitados pelas gestões municipais, conforme acordo firmado na CIB e as recomendações do MS.
Ressaltamos que a SES segue as orientações do MS para andamento às ações de saúde aos tocantinenses. A Pasta informa que já encaminhou resposta a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, sobre o uso da cloroquina no Estado, e está à disposição para maiores esclarecimentos.
*Com informaaçoes do G1 TO