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Menina ribeirinha abre biblioteca para acolher colegas sem aulas há nove meses

Reprodução

“Eu quero estudar para ser professora. Sempre gostei de estudar e queria fazer acontecer também com outros alunos” , reflete Gabriele dos Santos Alves, 12 anos, moradora de uma comunidade ribeirinha do distrito de Nazaré, a 98 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia.

O desejo de estudar motiva a menina a abrir, todos os dias, a pequena biblioteca, localizada a poucos metros de sua casa, onde ela e outras crianças reúnem-se para estudar por conta própria. Como fez Steffany, a menina que transformou becos da comunidade onde vive em sala de aula para crianças, no Recife (PE).

As aulas, que deveriam ter iniciado em abril, estão interrompidas, devido à descoberta de um superfaturamento nos contratos da empresa Flecha Transportes e Turismo (FlechaTur), responsável pelo transporte fluvial dos estudantes.

A decisão de congelar as atividades na Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Maciel Nunes, do distrito de Nazaré, ocorreu porque mais da metade dos estudantes são de comunidades adjacentes ao distrito. Eles necessitam do transporte de voadeira (barco a motor) para ir ao colégio.

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Na ausência desse transporte, eles ficam impossibilitados de estudar. Ir à biblioteca do distrito de Nazaré, foi uma solução encontrada por Gabriele, enquanto os adultos prometiam uma solução.

A sala de leitura fica próxima da Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Maciel Nunes e sua fachada tem as mesmas cores: azul e branca.

Na ausência da escola, os alunos se organizaram para criar um espaço de convívio: um ajuda o outro, “ninguém solta a mão de ninguém”. Uma das atividades realizadas foi a criação de um cartaz para divulgação da biblioteca na comunidade, para atrair não apenas mais crianças, mas também os adultos.

Gabriele abre a biblioteca todo dia para acolher colegas sem aula há nove meses.

Preservação da história oral de vida

A história de Gabriele ganhou voz por meio do projeto Arigocá , uma casa de leitura e memória. “Nosso principal objetivo é transcriar a história da comunidade local para preservá-las e reforçar a importância da memória coletiva para as comunidades tradicionais”, comenta Thais Espinosa, administradora pública da FGV e uma das coordenadoras do projeto Arigóca.

“No caso da história de Gabriele, achamos importante não só fortalecê-la entre a comunidade local mas difundi-la para o Brasil. Isso porque por trás do protagonismo infantil que nos enche de esperança, infelizmente há também uma triste situação que precisa ser revertida com urgência”, conclui.

Fonte: Razões para Acreditar

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