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Mergulhadores começam buscas submersas em busca dos desaparecidos na queda da ponte JK; Corpos de quatro vítimas foram encontrados


A Marinha e o Corpo de Bombeiros começaram na tarde desta quarta-feira (25) as buscas submersas pelos desaparecidos após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira,
entre o Tocantins e o Maranhão. São 29 mergulhadores envolvidos na operação que tenta localizar 13 desaparecidos na tragédia. Outras quatro pessoas foram encontradas mortas.

A ponte desabou por volta das 14h50 deste domingo (22). A estrutura fica na BR-226 e liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Pessoas que estavam nas proximidades conseguiram filmar o momento exato em que a estrutura caiu.

No momento do acidente havia dez veículos que passavam pela estrutura e foram parar nas águas do Rio Tocantins. Entre eles estão motos, carros de passeio, caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.

A operação de buscas encerrou às 18h30 de terça-feira (24) e foi retomada às 6h30 desta quarta-feira (25), com embarcações da Marinha e do Corpo de Bombeiros. Cerca de 90 pessoas estão envolvidas na força-tarefa.

Situação da água

Por causa dos caminhões com defensivos agrícolas e ácido sulfúrico que caíram da ponte, o Governo do Tocantins emitiu um alerta para os moradores de Aguiarnópolis, região do extremo norte, que evitem contato com a água do Rio Tocantins.

De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Tocantins (Semarh), as cargas podem ter gerar alto risco à saúde pública e ao meio ambiente, com a contaminação da água. O alerta é para dez municípios do Tocantins e oito do Maranhão, que estão nas áreas margeadas pelo Rio Tocantins

O Ministério Público Federal (MPF) também começou a investigar os possíveis problemas ambientais que podem ocorrer por causa das cargas de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas submersos e outras consequências causadas pela queda da ponte.

Já a concessionária BRK, que abastece as cidades de Aguiarnópolis, Tocantinópolis, São Miguel do Tocantins e São Sebastião do Tocantins informou que o abastecimento não foi afetado, já que a captação é subterrânea e não tem relação com o rio Tocantins.

Quatro mortes foram confirmadas. Pelo menos dez veículos passavam pela ponte no momento do desastre.

As buscas pelas outras vítimas foram realizadas durante a manhã apenas com botes. Onze mergulhadores da Marinha ajudaram na operação. Até a liberação para entrar na água, as equipes estavam trabalhando em lanchas e sem mergulhar, já que três das carretas que caíram da ponte estavam carregadas com produtos tóxicos.

O desabamento

O acidente aconteceu na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados de Maranhão e Tocantins. Segundo autoridades, dez veículos caíram no rio Tocantins, que passa sob a ponte.

A estrutura foi construída na década de 1960, tem 533 metros de extensão e liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226.

Ela integra o corredor rodoviário Belém-Brasília. As más condições da ponte vinham chamando a atenção de quem passava por lá. No sábado (21), um morador postou um vídeo na internet denunciando a situação.

Desvios alternativos

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu.

A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas alternativas.

“Os usuários devem acessar a estrada que vai de Darcinópolis/TO a Luzinópolis/TO, chegar na BR-230/TO e seguir até o km 101 (cidade de São Bento/TO). Em seguida pegar a direita, sentido Axixá/TO e Imperatriz/MA. Maranhão: Os usuários devem acessar a BR-226/MA em Estreito/MA até Porto Franco/MA. De Porto Franco/MA os usuários devem seguir pela BR-010/MA até Imperatriz/MA”, diz o DNIT, em nota.

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