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Micro-ondas ao contrário: Estudantes criam aparelho capaz de gelar bebidas

Equipe do projeto ColdStorm que criou 'micro-ondas ao contrário' — Foto: Gabrielly Vilaça

Três adolescentes do Distrito Federal, alunas de uma escola pública da região do Gama, começaram a desenvolver um produto capaz de refrigerar uma bebida em um tempo que varia entre 30 segundos e um minuto. A invenção foi chamada de “micro-ondas ao contrário”, ou ColdStorm.

Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes estudam no Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (CEMI). Elas iniciaram o projeto em 2017.

No ano seguinte, participaram do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal e da exposição de ciências da escola e acabaram classificadas para levar o “micro-ondas ao contrário” para a Exposição de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Educação (EXPOCETI), em Pernambuco.

Durante a EXPOCETI, que aconteceu entre 24 e 30 de junho, o projeto desenvolvido pelas meninas brasilienses recebeu várias premiações. Elas ganharam o primeiro lugar na área de Engenharia, receberam certificado de destaque da Faculdade Imaculada Conceição de Recife e da World International Fairs Association (WIFA).

Além disso, Adrielle, Gabrielly e Raffaella voltaram para casa com uma carta de credenciamento para participação na Muestra Cientifica Latino-americana (MCL), em Trujillo, no Peru. O encontro acontece entre os dias 9 e 15 de setembro.

Chances de mercado

Para participar da mostra no Peru, o trio precisa finalizar o ColdStorm. Mas segundo Gabrielly Vilaça, uma das desenvolvedoras do projeto, o grupo não dinheiro para protótipo e ainda arcar com os custos da viagem.

“Após a EXPOCETI, surgiram várias ideias para melhoria baseadas em sugestões de avaliadores”, diz a estudante. Para pôr em prática as sugestões, elas criaram uma vaquinha online.

“Estamos focadas em duas coisas: reconstrução e melhoria do protótipo e arrecadação de fundos para pagar a viagem ao Peru.”

Para a professora do CEMI, Maria Zilma Conceição de Araújo, que acompanha a criação do “micro-ondas ao contrário”, a invenção das estudantes tem futuro.

“Comercialmente falando, acredito que o ColdStorm tem potencial de mercado. Principalmente por conta da economia energética que é a proposta final do projeto.”

De acordo com Maria Zilma, as estudantes têm combinação perfeita de perfis. “As meninas são curiosas, estudiosas e estão cientes dos desafios que tem que enfrentar”, afirma.

Fonte: Globo.com

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