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Mulheres familiares de reeducandos recebem capacitação para o mercado de trabalho

(Foto: Tamires Rodrigues)

O projeto “Juntos Somos Mais”, uma parceria da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) com o Instituto Federal do Tocantins de Porto Nacional (IFTO), iniciou suas aulas nesta quinta-feira, dia 07, tem como objetivo atender mulheres em condição de vulnerabilidade, mães, esposas, filhas e companheiras de presos, que rotineiramente são atendidas na unidade prisional de Porto Nacional. O curso profissionalizante é de Secretariado com ênfase em Direitos Humanos e será realizado em aproximadamente dois meses com aulas semanais de marketing pessoal, redação oficial e informática nas instalações do IFTO de Porto Nacional.

A Diretora de Políticas para as Mulheres, Sabrina Ribeiro Santana, participou da primeira aula e ressaltou a importância de atividades profissionalizantes que visem mudar a perspectiva de vida das mulheres e ajudá-las a enxergarem um novo caminho. “Pela nossa luta e força feminina podemos alcançar vitórias antes impensáveis”, frisou.

Sabrina Carvalho, Professora de Sociologia O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) de Porto Nacional explica que o “Juntos Somos Mais”, que também visa assegurar a inclusão social das mulheres que tem algum vinculo com os homens que estão em situação de privação de liberdade. “Conquistando inclusão das mulheres e lutando contra a violação dos seus direitos, vamos formar esse grupo e fortalecê-las socialmente”, afirma a socióloga.

O coordenador pedagógico da Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional e um dos idealizadores do projeto, Oseias Costa Rego, lembra que a ideia surgiu com o intuito de diminuir a entrada de ilícitos na unidade, um problema nacional que muitas vezes interfere na vida dos familiares dos reeeducandos. “Tivemos a ideia de criar algo que oportunizasse um trabalho a essas mulheres, que em estão em condição de vulnerabilidade e, pela ausência do seu provedor, podem acabar se criminalizando pela proximidade com o Sistema Prisional”, disse o coordenador.

O curso profissionalizante que tem carga horária de 20 horas visa ainda conscientizar as mulheres sobre a importância e valorização delas na sociedade. Esse projeto é inspirado em uma ação nacional chamada “Rede Mulheres Mil”, que tem como objetivo implementar ações de valorização feminina. Ao final será entregue um certificado as participantes pelo IFTO.

P.S é esposa de um reeducando que está em regressão de regime na CPP de Porto Nacional, e mãe de dois filhos. Atualmente ela está desempregada e viu no curso uma forma de se profissionalizar e conseguir um emprego. “O curso é bom para incluir as mulheres na sociedade, eu estou em busca de emprego, mas hoje em dia é difícil porque a maioria dos serviços é de domestica. O curso serve até pra levantar a autoestima da mulher, deixar ela mais a vontade com a sociedade e consigo mesma”, afirmou.

As aulas do curso serão ministradas por voluntários do IFTO de Porto Nacional de acordo com sua área de formação. Os organizadores do curso fazem um convite a toda sociedade para que participe de forma direta ou indiretamente.

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