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Mutação da variante Gama do coronavírus é identificada em tocantinenses; saiba mais

Estrutura atômica do coronavírus Sars-CoV-2 (Foto: Wikimedia Commons )

Cientistas do Genov, um dos maiores projetos de vigilância genômica da América Latina, descobriram que a variante Gama (P.1) do Sars-CoV-2, originalmente detectada em Manaus, agora apresenta uma nova versão, a Gama-plus. A mutação do coronavírus tem a mesma alteração presente na variante Delta, registrada na Índia, e já se espalha pelo Brasil.

Os resultados foram publicados nesta sexta-feira (13), no site do grupo e na plataforma de dados Gisaid. O programa analisou mais de 1,3 mil amostras de brasileiros infectados pelo Sars-CoV-2 coletadas entre maio e junho deste ano e, dentre elas, 95% eram da linhagem Gama do vírus. Porém, em 11 das coletas realizadas em maio, os pesquisadores detectaram a mutação P681H, em que o aminoácido prolina é substituído por outro, a histidina.

Tal alteração nos aminoácidos caracteriza a Gama-plus e também está presente na variante Delta, assim como em todas as variantes de preocupação (VOCs, na sigla em inglês), classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), explicam os estudiosos.

Segundo a rede de saúde Dasa, entre as amostras que deram positivo para a Gama-plus, cinco são do estado de Goiás, duas do Tocantins, uma do Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina e uma do Paraná.

Cientistas do Genov descobriram mutação da variante Gama do coronavírus, que tem a mesma alteração da cepa Delta  (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIH))

Identificação ampla de variantes 

Os pesquisadores do Genov também identificaram em outras oito coletas a variante Alfa (B.1.1.7), além de uma amostra da cepa B.1 e uma da P.4. Havia ainda uma coleta, realizada em Nova Iguaçu, (RJ), na qual foi detetada a presença de outra variação da Gama com a mutação P681R. Porém, no lugar da prolina, havia arginina.

Segundo José Eduardo Levi, coordenador do Genov, ainda que os números sejam de maio e junho, eles são de grande importância para entender a evolução das cepas. “São achados que reforçam nossa percepção de que não devemos minimizar o risco que as variantes importadas para o nosso País, como a Delta, possam representar; mas que precisamos nos manter atentos para a evolução local da Gama”, afirma Levi, em comunicado à imprensa.

Fonte: Revista Galileu

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