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Não ao capacitismo: Afinal, quais termos devem ser usados ao abordar um pessoa com deficiência

Divulgação

Quando falamos em acessibilidade e inclusão, não nos referimos somente à mobilidade e à ‘não exclusão’ de pessoas com deficiência do nosso grupo social. Os termos e palavras utilizadas em algumas circunstâncias também são fatores cruciais de discriminação.

Mas, antes de falarmos sobre quais são os termos corretos, vamos entender o que é acessibilidade!

Todos, sem exceção, têm garantido por lei viver de forma independente, o que é um direito de qualquer cidadão. Por isso, algumas modificações no ambiente garantem a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A acessibilidade nada mais é o do que este direito sendo colocado em prática. Este conjunto de medidas voltadas para a inclusão devem estar presentes nos mais diversos locais, sistemas e comunicações, tanto na cidade como no campo.

Um exemplo de acessibilidade é a presença de rampas, banheiros adaptados, elevadores adaptados em locais ou transportes públicos, facilitando a locomoção e a mobilidade das pessoas que usam cadeira de rodas.

Além disso, com a crescente participação digital de pessoas em todo o mundo, a acessibilidade web (ou digital) também vem ganhando destaque nos últimos anos. O objetivo é incentivar a criação de websites que possam ser utilizados por pessoas que tenham deficiência sem nenhuma dificuldade.

Imagem de Grégory ROOSE/Pixabay

Fatores que impedem a inclusão de pessoas com deficiência

A falta de informações sobre como funciona o universo das pessoas com deficiência cria diversas especulações sobre o assunto e também possibilita o uso de termos que podem ser considerados inapropriados ou equivocados, conhecido como  capacistimo, que é o preconcceito com pessoas com deficiência.

Por isso, entendemos que a informação detalhada e bem aprofundada é fundamental para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, promovendo o respeito à diversidade humana.

Além disso, o contato com pessoas que entendem do assunto é primordial para que possamos nos transformar em agentes de mudança, sendo responsáveis por garantir os direitos das pessoas com deficiência.

É nosso dever estar presente em ações que englobem a inclusão e a acessibilidade das pessoas, seja na mobilidade, na comunicação ou num simples modo de falar, que pode afetar o outro de forma 100% negativa.

Termos que NÃO DEVEMOS usar na hora de se referir à uma pessoa com deficiência

❌ Deficiente: há uma associação negativa com a palavra ‘deficiente’, pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. A pessoa não é deficiente, ela ‘tem uma deficiência’.

❌ Portador: a condição de ter deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela ‘tem uma deficiência’.

❌ Necessidades especiais: a expressão também remete à ideia de que as pessoas com deficiência deverão ser tratadas de forma diferente, porque não têm a mesma capacidade.

Ou seja, com base nestas explicações, outros termos também devem ser evitados.

❌ Portador de deficiência.

❌ Portador de Necessidades Especiais (PNE).

❌ Pessoa Portadora de Deficiência (PPD).

Termos CORRETOS para se referir à uma pessoa com deficiência

✅ Ela/Ele TEM uma deficiência.

✅ Pessoa com Deficiência (PcD).

Segundo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, instrumento internacional de direitos humanos das Nações Unidas feito para proteger os direitos das pessoas com deficiência, ‘Pessoa(s) com Deficiência’ é a terminologia mais apropriada.

Aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 13 de dezembro de 2006, o texto da convenção foi promulgado pelo Brasil em 25 de agosto de 2009, através do Decreto n. 6.949.

“A Convenção tem o dever de promover, proteger e assegurar o exercício pleno dos direitos humanos das pessoas com deficiência”.

Informações retiradas do livro Ir e Vir. Acessibilidade: compromisso de cada um, do autor Jary de Carvalho e Castro via Razões para Acreditar

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