Luciane Santana – Gazeta do Cerrado
Após publicação de matéria na Gazeta , a idealizadora do Projeto Nego D´água respondeu ao contato. Sucateado, o barco que foi palco de inúmeras ações nobres como palestras, teatros, oficinas, experimentos e incentivo as ações ambientais positivas tornou se alvo de vândalos e abrigo de entulho.
Criado para comportar 40 passageiros e três tripulantes, dispõe de alojamento, banheiros, cozinha e sala de aula para cerca de 35 alunos e dispunha até de laboratório de pesquisa. Embora idealizado para para finalidade extremamente importante se encontra abandonado, paredes sujas, vidros quebrados e móveis estragados. Parado, tornou-se alvo de vândalos e abrigo até de entulho.
Segundo idealizadora, o Barco está Sem funcionar desde Março de 2017 porque precisa de manutenção e reformas que a ONG Gaia, proprietária do Barco, não tem como arcar e que o conselho diretor da Gaia decidiu vender o Barco ou arrendar. O valor está sendo levantado.
Sobre possibilidade de retorno do Projeto ela disse nenhuma entidade interessada tinha recursos financeiros para dar suporte para a reforma. “Já fizemos uma reunião com o engenheiro naval da UFRJ, professor Alexandre Alho, que veio ao Tocantins para verificar que tipo de manutenção o barco precisa. E na época precisava de cerca de R$120.000,00. O professor doou o projeto de reforma e ofereceu estagiários para acompanhar a reforma. O retorno do projeto foi discutido com diversas instituições, dentre elas Embrapa, Naturatins, Seduc, Católica e outras. Nenhuma tinha recursos financeiros para dar suporte para a reforma”
Como funcionava o Projeto Nego D’água
O projeto foi inaugurado em 25 de junho de 2007, em Palmas (TO), o barco do Projeto Nego D’Água, uma iniciativa da The Nature Conservancy (TNC), da Associação de Conservação do Meio Ambiente e Produção Integrada de Alimentos da Amazônia (Gaia) e da Faculdade Católica do Tocantins (Facto), em parceria com o Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE-TO).
A Idealizadora do Projeto esclarece que o mesmo possui três componentes: 1) Planejamento da paisagem do entorno do Lago, que é um método utilizado pela biologia da conservação, que, com base em modelo matemático, analisa uso do solo, cobertura vegetal nativa, tipo de solo, infraestrutura e define onde é melhor produzir, onde é melhor conservar e onde é melhor ter áreas urbanas. O planejamento da paisagem era para seis municípios do entorno do Reservatório da Usina Hidrelétrica. Somente Palmas teve o projeto concluído em 2017 pelo MPTO e Pela Organização não-governamental internacional The Nature Conservancy (TNC). Componente 2-Pesquisa científica, foi realizado um projeto de P&D, tipo de projeto Pesquisa e Desenvolvimento , desenvolvido pelo setor elétrico. Foi executado por dois anos pela Faculdade Católica e Gaia e 3 – Projeto Barco Escola Nego D’água, que funcionou 4 anos, atendeu cerca de 5.000 (cinco mil) crianças e adolescentes de escolas públicas, na sua maioria e privadas.
O barco trabalhou com educação ambiental, projetos culturais e navegou de Brejinho de Nazaré a Palmas.