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No ‘aniversário’ de dois anos, PIX se consolida e atinge mais de R$ 1 trilhão em transações mensais

Pix Banco Central – Foto – Agência Brasil/Divulgação

A recorrência de frases como “Aceita Pix?” ou “Manda um Pix” no cotidiano mostram a popularidade da ferramenta entre a população e a consolidação no mercado mesmo num curto prazo. A nova modalidade de transferência de dinheiro completa 2 anos de existência nesta quarta-feira, 16.

Alguns números do Banco Central do Brasil (BC) apontam para a mesma direção. Em setembro, 2 meses antes de completar o segundo ano de existência, o Pix chegou a uma marca histórica: R$ 1 trilhão transacionado em apenas um mês. O número de pessoas cadastradas no Pix chegou a 127,8 milhões em outubro e o de empresas, a 10,5 milhões no mesmo mês.

Edlayne Burr, diretora executiva e líder de Estratégia para Pagamentos da Accenture na América Latina, ressalta que esse segundo ano foi realmente de consolidação e de grande engajamento por parte dos usuários. Ela ressalta ainda que o Brasil é o país com maior número de transações em tempo real.

— Entendemos que o Pix está cumprindo o seu objetivo inicial, ao se estabilizar como um meio de pagamento veloz, disponível, seguro, e de baixo custo. O Brasil se tornou referência em pagamentos instantâneos, obtendo forte adoção entre a população, em comparação com outros países — afirmou.

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Pelo lado dos bancos e fintechs que precisaram se adaptar aos pagamentos instantâneos, Marcelo Martins, CEO da fintech Iniciador e diretor executivo da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), pontua que no primeiro ano do Pix, o mercado ainda tinha muitas dúvidas sobre as regras e como precificar o Pix. Já no segundo, os fluxos e funcionalidades ficaram mais claras.

— Outro ponto é que no primeiro ano não era todo mundo que tinha Pix, a consolidação acontece porque hoje em dia quem não tem Pix não está no mercado. Todo mundo oferece Pix de alguma forma — disse.

Novidades do Pix no ano 2

O segundo ano do Pix também ficou marcado pelas novas ramificações da ferramenta. No início de 2022, as primeiras padarias, lojas e farmácias passaram a oferecer o Pix Saque e Pix Troco, modalidade gestada pelo Banco Central (BC) para facilitar o saque de dinheiro em espécie.

O volume de transações ainda é considerado incipiente, mas vem aumentando nos últimos meses. Em outubro deste ano, R$ 53 milhões foram sacados, o dobro dos R$ 26 milhões de maio.

Guilherme Mercês, diretor de economia e inovação da CNC, avalia que o Pix foi um meio de acelerar a bancarização do varejo. Além das grandes redes que vêm apostando na oferta de serviços como cartão de crédito e crediário, os pequenos também vão passar por esse processo nos próximos anos com o Pix Saque e Pix Troco.

— Houve uma primeira fase de bancarização do varejo que veio através das grandes redes varejistas, com cartão de crédito próprio, carnês, cashback de forma geral. Agora tem que ter uma segunda fase, que é a bancarização dos pequenos e médios negócios que estão nas ruas — disse.

Esse ano também marcou o encontro entre o Open Finance e o Pix, dois dos principais projetos de inovação liderados pelo Banco Central. A criação da figura do iniciador de pagamentos visa facilitar o pagamento de produtos, principalmente em lojas virtuais, diminuindo as etapas até a conclusão do processo.

O Mercado Pago é uma das empresas que já oferece o serviço de iniciador de pagamentos. Segundo Felipe Soria, Head de Inovação e Pagamentos, a adoção está avançando aos poucos e tem tudo para melhorar a experiência de compra online pelo Pix, evitando a necessidade de copiar e colar um código ou do QR Code.

— Hoje em vez do banco transferir o dinheiro da sua conta para o Mercado Pago, você faz isso a partir da conta do Mercado Pago: inicia a transa…

Fonte – O Globo

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