Ícone do site Gazeta do Cerrado

No Bico, família se apega a esperança de encontrar idosa desaparecida há 15 dias: “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance”

Há 15 dias, a preocupação toma conta da família de Ana Pereira de Sousa, de 70 anos, que está desaparecida desde o dia 24 de julho. Ela saiu de um povoado situado em São Miguel do Tocantins, no Bico do Papagaio, com destino à casa de um conhecido, mas não chegou ao local planejado. Os parentes suspeitam que ela possa ter se perdido devido ao desconhecimento da região.

A Polícia Civil, em colaboração com o Corpo de Bombeiros, realizou uma operação intensiva na área rural para encontrar a idosa. Entretanto, após dez dias de busca sem resultados positivos, as atividades foram suspensas no último domingo (6). O caso permanece sob investigação.

Conforme relato da neta de Ana, Alessandra Pereira dos Santos, de 36 anos, a idosa residia em Imperatriz (MA) com seu esposo de 84 anos. Recentemente, o casal adquiriu um pequeno terreno no assentamento São Francisco, próximo a uma localidade conhecida como Tira-Calça, em São Miguel.

Os idosos frequentavam a propriedade nos fins de semana, e essa falta de familiaridade com a região pode ter contribuído para o desaparecimento de Ana. No dia do incidente, segundo Alessandra, Ana preparou o almoço em casa e mencionou que iria até a chácara de um conhecido para nadar no córrego. Ela solicitou ao marido que a buscasse por volta das 17h.

“Foi nesse momento que ela se perdeu. Ela errou o caminho para a chácara e seguiu direto para essa área conhecida como Tira-Calça. Ela foi vista em uma residência naquela região, andando pela estrada, e essas são as últimas informações que temos”, relatou Alessandra.

Ao perceber o desaparecimento, o avô e um genro foram até a casa do conhecido, mas ele não estava lá, e Ana também nunca chegou ao local.

Alessandra mencionou que Ana estava usando um vestido azul e uma faixa branca na cabeça, que era um costume, além de carregar uma sacola com roupas e uma bolsa verde contendo documentos de identidade, um celular e R$ 500. A família tentou ligar para o celular, mas as chamadas sempre caíram na caixa de mensagens.

A neta também destacou que Ana não tinha problemas de saúde e estava lúcida, embora tivesse dificuldade de audição.

Sobre a terra adquirida pelo casal em São Miguel, Alessandra explicou que a avó havia visitado o local cerca de três vezes nos fins de semana, pois ainda não havia construído nenhuma estrutura lá. “Nos fins de semana, ela sempre estava pronta para ir à sua ‘terrinha'”, disse.

Mesmo após o encerramento das buscas oficiais, a família não desistirá de encontrar Ana e acredita que ela pode estar perdida na região.

“Neste momento, acreditamos que alguém com um bom coração possa tê-la ajudado. Se alguém viu uma idosa confusa, pode ter oferecido carona e ela pode estar em algum lugar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance”, afirmou Alessandra.

Iniciadas dois dias após o desaparecimento, as buscas pela idosa tiveram inúmeras equipes envolvidas, incluindo o apoio do Centro Tático Aéreo de Imperatriz (MA), que disponibilizou uma aeronave para sobrevoar a região. Cães farejadores também foram utilizados, mas após dez dias, Ana ainda não foi encontrada.

As investigações prosseguem, e a polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro da idosa seja repassada pelo telefone (63) 3447-1300 ou pessoalmente na 16ª Delegacia de São Miguel.

Sair da versão mobile