Ícone do site Gazeta do Cerrado

No dia da Mulher: Professora da UFT vai denunciar chefia da segurança da AL por racismo e intolerância religiosa

(Reprodução/Facebook)

Maria José Cotrim e Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

A professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Solange Nascimento alega que sofreu racismo por parte da chefe da assessoria militar da Assembleia, Coronel Alan. O fato aconteceu na manhã desta quinta-feira durante audiência pública na Assembleia na porta de acesso ao plenário.

A professora conta à Gazeta que pediu para que os agentes não a tocassem. “Pedi para que não tocassem no meu corpo, porque me empurraram pelo ombro e ele me disse que tinha autoridade para fazer aquilo. E eu respondi que ele não tinha autoridade sobre o meu corpo”, relatou Solange indignada.

Ela ainda diz que o agente chegou a dizer que iria mostrar se ele tinha autoridade ou não. “Ele ainda disse que quando a sessão acabasse, iria fazer um procedimento para mostrar se ele tinha autoridade ou não”, destaca.

O Coronel perguntou à professora durante a discussão: ” qual sua religião!? Qual sua religião!?”, o que causou estranhamento para quem acompanhou a cena. Ela é praticante das religiões de matriz africana.

Publicidade

A professora estava no plenário onde iria fazer fala quando o chefe da Assessoria militar teria pedido para que ela saísse.

Solange afirma que irá fazer uma representação contra as forças de segurança da assembleia alegando racismo constitucional. “Sou funcionária pública, tenho meus direitos como mulher, como participante desse movimento. E hoje no Dia da Mulher reforço os motivos da nossa luta, temos que passar por essas circunstâncias extremamente violentas dentro da assembleia”, finaliza.

A professora chorou após o episódio e foi consolada por outras ativistas.

O outro lado

O Coronel Alan foi procurado pessoalmente pela Gazeta do Cerrado porém preferiu não se manifestar sobre o assunto. Disse que vai se defender nos autos.

Dois militares que acompanharam a abordagem afirmaram à Gazeta que tudo não passou de um mal entendido. ” Ele a tratou com educação”, disse.

Eles negam qualquer postura de racismo por parte do superior.

Assista o vídeo da entrevista com a professora Solange clicando aqui.

Sair da versão mobile